Droga

Bancos encerram contas de farmácias e clubes de maconha no Uruguai

Entidades financeiras seguem normas de suas matrizes em países onde venda da droga não é legalizada

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36

MONTEVIDÉU -Produtores, clubes de maconha e farmácias que vendem o produto estão tendo suas contas bancárias encerradas por bancos estrangeiros no Uruguai. Segundo a imprensa local, a situação já aconteceu com clientes dos bancos Santander e o Itaú analisa fazer o mesmo em breve.

O encerramento responde a normas internacionais, e obedecem a exigências das matrizes desses bancos. O Santander é um banco de origem espanhola e o Itaú é brasileiro, países nos quais o comércio de maconha não é legalizado.

Segundo advogados consultados por jornais uruguaios, as instituições financeiras estrangeiras seguem as normas de suas matrizes e por isso estão impedidas de trabalhar com agentes vinculados ao comércio de drogas, mesmo quando as operações são realizadas dentro de um país onde ele é legalizado, como é o caso do Uruguai.

Por esse motivo, clientes do Banco República, estatal uruguaio, não estão sendo afetados. Este é o caso do Instituto de Regulación y Control del Cannabis (IRCCA), que regulamenta a produção e comércio da maconha no país.

Segundo o jornal “El Observador”, uma das 16 farmácias credenciadas para a venda de maconha no país decidiu suspender a comercialização depois que as contas bancárias começaram a ser encerradas. Eles receberam do Santander um pedido para adiar a decisão por 30 dias enquanto o banco tenta encontrar uma alternativa.

O assessor legal do Centro de Farmácias, Pablo Durán, disse ao jornal que se trata de uma das quatro farmácias de Montevidéu autorizadas a vender o produto, e que seus proprietários já teriam iniciado o processo de descredenciamento.

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