Maranhão - Mais de 300 mil pés de maconha já foram destruídos em ações da polícia ao longo, este ano, no interior do Maranhão. No decorrer da Operação Fusarium, da Polícia Federal, ocorrida de 26 de junho a 4 de agosto, foram queimados aproximadamente 95 mil pés da erva e houve apreensão de 11.580 mudas, nove mil sementes e 478 quilos de maconha prontos para serem comercializadas.
A polícia informou que a Fusarium consistiu em várias ações policiais e ocorreu, além do Maranhão, em Pernambuco, Bahia e no Paraguai. Foram empregados cerca de 75 policiais federais, servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), policiais militares e bombeiros militares.
Eles tiveram o apoio de três helicópteros, sendo dois da Coordenação de Aviação Operacional da Polícia Federal(CAOP) e um do Ibama. Para a identificação das plantações ilícitas foram utilizadas imagens de satélites por meio do Programa Brasil Mais. Essa tecnologia permite o acesso e compartilhamento das imagens diárias de uma constelação de mais de 130 satélites.
A operação no Maranhão teve como alvo as terras indígenas do Alto Turiaçu, Alto Rio Guamá e em Terras da União, localizadas nas cidades de Centro do Guilherme e Centro Novo. Nesta localidade, os policiais conseguiram erradicar cercade 95 mil pés, 11,5 mil mudas e 9 mil sementes de cannabis sativa como também apreendeu 478 quilos de maconha prontos para o tráfico.
A operação foi denominada Fusarium em alusão a fusariose: doença infecciosa causada por um fungo oportunista, o Fusarium spp., que pode ser encontrado no ambiente, principalmente em plantações.
Outra ação
Os policias federais, com apoio de policiais militares, prenderam um homem, de nome não revelado, no dia 19 de maio, na cidade de Caxias. Em poder dele foram apreendidos 35.775 pés de maconha, 410quilos da droga embalada, arma e munições. A polícia informou que o detido é natural de Pernambuco.
Segundo a polícia, foi recebida denúncia anônima da existência de uma plantação de maconha em uma propriedade, localizada na zona rural de Caxias. Os policiais foram ao local e encontraram a droga como também havia diversos barracões com mantimentos, material para embalar a droga, além de um sistema de irrigação com poço, tanque, bombas e mangueiras.
O pernambucano foi preso em flagrante e autuado pelos crimes de tráfico de droga, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo. Com ele, a polícia apreendeu uma arma de fogo e munições.
Incursões em abril
Duas incursões policiais culminaram com a erradicação de plantações de maconha no interior do estado durante o mês de abril deste ano. Uma das ocorrências foi no dia 28, no povoado Baixo da Palmeira, zona rural de Governador Eugênio Barros. A polícia, além de destruir a plantação, prendeu uma mulher e apreendeu crack e armas de fogo.
Outro cerco ocorreu no dia 8, no povoado Centro do Meio, em Conceição do Lago-Açu, que resultou na destruição de uma plantação de maconha e prisão da “Vovó do tráfico”, Maria de Fátima, de 67 anos.
De acordo com a polícia, a residência da idosa fica em um local de difícil acesso. Os policiais primeiramente encontraram em um dos quartos várias sacolas com drogas e, no quintal, havia dezenas de pés de maconha entre pés de milho e feijão. O esposo da idosa, identificado como Raimundo Nonato, conseguiu fugir.
Ela foi levada para a Delegacia Regional de Bacabal e declarou que tinha arrendado o terreno para terceiros plantarem milho e feijão, alegou que essas pessoas que seriam as responsáveis pela plantação de maconha. A idosa, de acordo com a polícia, é acusada de abastecer as “bocas de fumo” da Baixada Maranhense.
Outras desarticulações
As outras destruições de plantação de maconha ocorreram durante o mês de janeiro deste ano. No dia 23, mais de dois mil pés de maconha, adubos e sementes desse tipo de entorpecentes como ainda três pessoas foram presas durante um cerco policial ocorrido em Pedro do Rosário. Houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido.
No dia 10, os policiais destruíram aproximadamente 200 pés de maconha e mais de 15 quilos dessa droga apreendidos no decorrer de um cerco da Polícia Militar, na região do Vale do Pindaré, na cidade de Buriticupu. A polícia informou que não houve ocorrência de prisão dos criminosos.
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