Editorial

São Luís e os problemas antigos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38

As chuvas que caem sobre a Ilha continuam causando velhos problemas para a Cidade Patrimônio da Humanidade, que fica inundada e ilhada neste período. O cidadão se pergunta como a cidade poderá sobreviver a mais um inverno se nada de efetivo for feito, diante da necessidade de um trabalho que garanta infraestrutura nos bairros, nas ruas, nas avenidas. Uma ação para acabar com os buracos e com os prejuízos de motoristas e pedestres pela cidade. E ele segue pagando seus impostos em dia, buscando subsidiar financeiramente o poder público para dar uma solução a problemas que persistem a afligir a cidade. Mas, ao que parece, o retorno não está sendo garantido.

Ruas esburacadas e cheias de lama, lixo descendo pela sarjeta, esgoto estourado, semáforos sem funcionar, fotossensores sendo retirados e asfalto colocado durante o período eleitoral se desfazendo, tanto que já foi apelidado de “sonrisal” em referência ao medicamento que se dissolve na água. Um cenário triste para uma capital Patrimônio Cultural da Humanidade e que sonha, há anos, com melhores dias.

Quem paga seus tributos em dia, já não aguenta mais ler ou ouvir na imprensa notas estapafúrdias dos órgãos públicos tentando justificar um descaso que não tem justificativa. Há ainda as explicações afirmando que o problema reclamado está entre os contemplados em planejamento, mas a data de início da obra resolutiva nunca vem estipulada.

O texto soa como repetitivo, pronto para qualquer ocasião ou reivindicação, não importa o bairro e o serviço reivindicado. Para o jornal, a TV, o rádio, o site, a resposta é sempre a mesma. Parece até que falta criatividade aos escribas oficiais. E essa reprodução já está sendo notada pela comunidade, com notas virando chacota e sendo desacreditadas pela sociedade.

E enquanto isso, os problemas vão se repetindo. Uma simples caminhada pelas ruas da cidade e a total falta de infraestrutura para receber chuvas vem à tona. Em algumas ruas dos bairros Bequimão, Vinhais, Renascença, Turu, por exemplo, o asfalto vem dando espaço a uma buraqueira sem fim. E essas peças descem pelo meio das vias levadas pela enxurrada, dificultando o tráfego de veículos e pedestres. Assim, os ‘mondrongos’ viram verdadeiras armadilhas.

Com a chuva, os buracos viram um risco ainda maior, pois grande parte fica submersa pela água, dificultando a visibilidade de motoristas. A reclamação é maior ainda nos trechos que foram alvos de operação tapa-buracos realizada às vésperas das eleições de outubro, pois o serviço não segurou nem os primeiros pingos da temporada chuvosa e o asfalto já está se desfazendo.

O motorista também está sofrendo com problemas na sinalização de trânsito. Bastou começar a chover para os semáforos entrarem em pane. Nessas horas, a dificuldade é grande para quem precisa trafegar em áreas como Vinhais e Maranhão Novo, onde há grande fluxo de veículos.

E o cidadão que precisa conviver com problemas tantos e tão antigos segue na expectativa de que estes sejam resolvidos. Mas, ao que parece, essa esperança já começou a se desvanecer diante dos temporais e de tanto descaso das autoridades.

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