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Polícia turca prende 13 suspeitos após atentado em aeroporto

De acordo com fonte do governo turco,a polícia de Istambul realizou operações simultâneas em 16 locais da cidade, onde se suspeitava que funcionassem células do EI;o ataque, com 239 feridos, foi o mais letal ocorrido na maior cidade turca desde 2003

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47

Istambul - A polícia turca deteve 13 pessoas, três delas estrangeiras, ontem, sob suspeita de conexão com o atentado que deixou ao menos 42 mortos no aeroporto internacional de Istambul, segundo uma fonte oficial do governo da Turquia.

De acordo com o governo, a polícia de Istambul realizou operações simultâneas em 16 locais da cidade, onde se suspeitava que funcionassem células do Estado Islâmico (EI).

O governo anunciou também nesta quinta que os três responsáveis pelo ataque em Istambul são da Rússia, Uzbequistão e Quirguistão. Ainda não há confirmação de envolvimento com o EI e, até o momento, ninguém assumiu a autoria do atentado.

O ataque, com 239 feridos, foi o mais letal ocorrido na maior cidade turca desde 2003, quando caminhões-bomba explodiram em frente a duas sinagogas e ao consulado do Reino Unido, deixando 57 mortos.

Uma fonte oficial também afirmou que houve demora para identificar os três responsáveis pelo ataque devido a "danos extensivos aos tecidos moles" –como músculos, pele e tendões.

Facção terrorista

Para o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, a responsável pela ação é a facção terrorista Estado Islâmico. O governo justifica a acusação devido à semelhança com outros ataques da organização, principalmente o que matou 17 pessoas no aeroporto de Bruxelas em março.

Quem também disse que o ataque tem a marca da milícia é John Brennan, diretor da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA). No entanto, lembrou que os extremistas não reivindicaram a maioria das ações anteriores que fizeram na Turquia.

Detalhes

Nesta terça, as autoridades turcas revelaram mais detalhes sobre a sequência do ataque. Segundo os investigadores, os autores chegaram ao terminal internacional do aeroporto de táxi por volta das 21h50 (15h50 em Brasília).

Após troca de tiros no posto de controle da entrada do desembarque, o primeiro detonou a primeira bomba. Os outros dois se aproveitaram do caos para ativar os explosivos que levavam consigo.

Entre as vítimas estão ao menos 13 estrangeiros, incluindo cinco sauditas e dois iraquianos. Cidadãos de China, Jordânia, Tunísia, Uzbequistão, Irã e Ucrânia também morreram no atentado. Durante esta quarta, 29, o aeroporto já havia retomado sua atividade, e os destroços eram limpos pela equipe.

Terceiro mais movimentado na Europa, o aeroporto concentra voos de toda a região, o que explica a variedade na nacionalidade dos passageiros -e uma das razões para ter sido atacado.

Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, pediu que a comunidade internacional faça do ataque um ponto de inflexão na luta global contra o terrorismo.

Mais

A Turquia deve viver, a partir de agora, um novo declínio na sua indústria do turismo. O país foi atacado diversas outras vezes, nos últimos meses, e já não possui mais uma imagem de local seguro.

Os turcos registraram queda de 34,7% no número de turistas em maio, em comparação ao mesmo mês de 2015. A queda mensal foi a maior em 17 anos.

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