Falta de educação

Presença de lixões em calçadas é recorrente

Resíduos são descartados em calçadas de várias ruas por moradores dos bairros; as equipes de limpeza pública fazem o recolhimento regularmente; no entanto, mais lixo é jogado nesses locais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53

Apesar do avanço na gestão de resíduos sólidos com o fechamento do Aterro da Ribeira, antigo lixão de São Luís, pequenos lixões em vias da capital maranhense ainda são um desafio. Muitas ruas de São Luís ainda têm como característica a presença de montes de entulho, móveis velhos e outros resíduos, o que impede a passagem de pedestres além de provocar outros problemas.

Por determinação judicial, a Prefeitura de São Luís interditou definitivamente em julho o Aterro da Ribeira, para onde os rejeitos da cidade eram enviados. Desde então, novo destino do lixo produzido na cidade é o aterro sanitário, situado na localidade Buenos Aires, no município de Rosário. Parte do proble­ma do lixo em São Luís está resolvida, mas ainda há questões a serem solucionadas como a presença dos pequenos lixões em várias vias.

Casos - A Rua Castro Alves, no Monte Castelo, é uma dessas ruas. São dois pontos de descarte de resíduos, ambos sobre as calçadas. Em um deles, um longo trecho do passeio público está tomado por entulho e lixo doméstico. Segundo os trabalhadores da região, moradores das imediações descartam lixo no local.
As equipes de limpeza passaram regularmente para recolher os rejeitos, mas logo depois que isso é feito, pessoas voltam a descartar lixo.

O motorista José de Ribamar Pereira Filho conta que ele e os colegas de trabalho sempre pedem que as pessoas procurem outro local para deixar os resíduos. Mas é em vão. “Falta mais educação para esse povo. Quando terminam de limpar, vem um e joga lixo. Isso prejudica todo mundo. Tinha até uma banca de lanche e o dono tirou porque não aguentava mais o lixo cada vez mais perto”, lembrou.

Na mesma via, poucos metros à frente, em direção à Avenida Senador Vitorino Freire, outro ponto que se tornou um lixão. A frase “Proibido Jogar Lixo” está pintada no muro, no entanto, o dizer vem sendo ignorado e fica localizado, ironicamente, atrás de montes de entulho, móveis velhos e lixo em geral.

O mesmo ocorre na Rua Cidade Nova, na Coreia de Cima, parte da calçada já se tornou um lixão. Apesar do container colocado pela Prefeitura, os resíduos ficam espalhados no chão, principalmente ma­teriais de construção. “São os próprios moradores que fazem isso. Tiram o lixo da porta deles e jogam aqui, como se estivesse tudo bem”, disse Fernanda Silva.

Na Rua Coelho Neto, no Centro, a situação é semelhante, mas a quan­tidade de lixo espalhada é maior. Os rejeitos já ocuparam toda a calçada e avançam para a rua. Sacos de lixo também já caíram em uma tubulação de esgoto, que está sem tampa, sinalizada apenas por uma tábua. Na manhã de ontem, um gari recolhia apenas os resíduos de menor volume. O restante, como galhos de árvore e tábuas, deveria ser recolhidos em uma caçamba.

A Prefeitura foi procurada, mas não respondeu, até o fechamento desta página.

SAIBA MAIS

Segundo o Art. 54 da Lei nº 9.605/98, prevê penalidade para quem causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora. A pena é reclusão de um ano a quatro anos e multa. Se o crime ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamento, a pena é reclusão de um a cinco anos.

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