Crescimento do Maiobão impulsiona incremento econômico
Localizado em Paço do Lumiar, Região Metropolitana de São Luís, bairro é o maior complexo habitacional desse município e conta com ampla rede de comércios e serviços
Construído inicialmente com 4.666 unidades habitacionais divididas em casas com um e dois dormitórios, o Maiobão é hoje um dos maiores bairros da Região Metropolitana de São Luís e também um dos maiores centros do comércio de sua região. Em duas décadas desde sua fundação, ele atraiu investimentos de grandes lojas de departamentos e redes de supermercados, bancos, farmácias e outros estabelecimentos. E essa região continua atraindo muitos empreendedores.
O complexo habitacional do Maiobão foi desenvolvido em 1980 pela Companhia Habitacional do Estado do Maranhão (Cohab) e financiado pelo Banco Nacional da Habitação (BNH). Com milhares de residências, o bairro se desenvolveu rapidamente e o aumento da população chamou a atenção pelo potencial econômico.
Grandes lojas de varejo criaram filiais no conjunto, assim como uma rede de serviços, e juntos modificaram o cenário das principais vias. É por isso que muitas pessoas não reclamam mais da distância que tinham que percorrer para ir ao Centro de São Luís fazer pagamentos em lojas, transações bancárias, fazer compras e mais.
Shopping - Se até o ano passado os moradores do Maiobão tinham de se deslocar até o Turu, em São Luís, para ir a um shopping, neste ano está bem diferente. O Pátio Norte é o primeiro shopping a se instalar na região, levando um mix de lojas que antes só podiam ser encontradas a alguns quilômetros do bairro.
Segundo o gerente de marketing Rafael Pflueger, o potencial a ser explorado na região foi identificado por meio de uma pesquisa ampla. “Quando o Pátio Norte foi pensado, em 2010 e 2011, foi feita uma pesquisa de mercado para entender qual seria um local da região metropolitana que teria a necessidade de um shopping. Então, foi identificado que essa área teria uma demanda principalmente de entretenimento e lojas de grandes redes pela escassez desses estabelecimentos na região e pelo volume de pessoas no entorno”, lembrou.
Ainda de acordo com ele, a pesquisa levou em conta vários fatores. Um deles foi a escassez de opções de lazer que atendessem principalmente as famílias. Um local onde pais e filhos pudessem aproveitar o tempo livre para se divertir juntos. Por isso, a prioridade dada no projeto à praça de alimentação, cinema, parque infantil e realização de atrações infantis.
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A comodidade e os preços também são diferenciais para atender o público da região. “O shopping se posiciona como o mais barato. A gente nasceu nesse formato. Então, desde o estacionamento, até o preço do cinema e o preço das lojas, guardando as devidas proporções, são menores. Mostramos que temos com os mesmos preços encontrados no Centro, mas com a segurança, a comodidade e a facilidade de estar perto de casa, principalmente nessa época de natal que se aproxima”, acrescenta Rafael Pflueger.
Hoje, após sete meses de inauguração, os números são expressivos. Cerca de 75% das lojas previstas no projeto estão locadas e a média de público é de 25 mil pessoas aos sábados, sendo um público flutuante, e até 15 mil aos domingos. Além das lojas, o local também já tem confirmada abertura de uma unidade de um hospital particular e de um laboratório de exames além de manter negociação com estabelecimentos como academias.
Oportunidades
Quando o Pátio Norte foi pensado, em 2010 e 2011, foi feita uma pesquisa de mercado para entender qual seria um local da região metropolitana que teria a necessidade de um shopping”Rafael Pflueger Gerente de marketing
Os pequenos negócios que participaram desse processo de desenvolvimento no Maiobão também foram responsáveis pela transformação do bairro. Exemplos disso são fáceis de encontrar no canteiro central da MA-201 (Estrada de Ribamar). São várias bancas instaladas e improvisadas onde se pode encontrar posto de mototaxistas, CDs e DVDs piratas, camisas de times de futebol, toalhas de personagens infantis e lanchonetes.
Uma dessas é a Tuntum Lanches, que fica aberta 24 horas. A funcionária Patrícia Cordeiro Alves ressalta que há sempre alguém buscando uma refeição rápida durante o dia. Mas é principalmente à noite e na madrugada que a demanda cresce e o número de atendentes precisa triplicar para dar conta de tantos clientes. “Sempre para aqui muito trabalhador de ônibus e de van. Quem vem de alguma festa também para tomar um caldo ou continuar tomando cerveja”, disse.
Quem também viu a oportunidade de oferecer um serviço diferenciado no Maiobão foi Edives Farias, dono da Vacaria Leite Puro. A vacaria com 10 vacas lactantes, quatro secas e algumas cabras tem uma produção média de 100 litros por dia que são entregues em residências, direto para o cliente final, e também para uma sorveteria. “O número de clientes vem aumentando. Tem muita gente do interior que agora mora aqui e compra o leite por causa da lembrança da terra natal”, ressaltou o proprietário.
NÚMEROS
4.666 unidades residenciais era o total previsto no projeto inicial do complexo habitacional do Maiobão
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