Câmara terá detector de metal após denúncia apontar ameaça de Domingos Paz contra dois vereadores
Presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor, baixou resolução com determinação de inspeção de segurança para acesso ao Plenário da Casa.
SÃO LUÍS - O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSDB), baixou resolução na Câmara Municipal de São Luís, com determinação de instalação de detector de metal, para uso em inspeção de segurança, após ter sido registrada grave ameaça de morte contra dois vereadores no Legislativo.
A ameaça foi relatada pela procuradora geral da Câmara, Jéssica Thereza Marques Ribeiro Araújo. Ela contou à polícia ter recebido a informação de que o vereador Domingos Paz (Podemos) prometeu assassinar a tiros dois vereadores, colegas de Parlamento, e em seguida recorrer ao suicídio no Plenário da Casa.
Resolução
A resolução baixada nesta quinta por Paulo Victor impõe inspeção de segurança com detector de metal a todas as pessoas que tiverem acesso à sala do Plenário da Câmara da Câmara.
“Somente terão acesso à sala do Plenário do Poder Legislativo do Município de São Luís pessoas que se submeterem ao procedimento de inspeção de segurança disposto nesta Resolução. Art. 3º O controle de acesso de pessoas às dependências da sala do Plenário do Poder Legislativo do Município de São Luís se dará por meio de inspeção de segurança, utilizando-se, para tanto, dispositivos físicos e eletrônicos de segurança”, destaca trecho da resolução.
O detector de metal, segundo a resolução, será fixo e portátil.
“§ 1º A realização de procedimentos destinados à vistoria em pessoas será feita por meio de equipamentos detectores de metais fixos e portáteis e em cargas e volumes por meio de equipamentos de raio-X, com o objetivo de identificar objetos que coloquem em risco a integridade física ou o patrimônio da sala do Plenário do Poder Legislativo do Município de São Luís. § 2º Enquanto não for instalado pórtico detector de metais, a equipe de segurança fará uso do detector de metais portátil, bem como de quaisquer outros dispositivos físicos e eletrônicos de controle e, na impossibilidade, revista pessoal”, pontua outro trecho da resolução.
O documento também proíbe acesso, circulação ou permanência de pessoas armadas na Casa, exceto se os mesmos fizerem parte das forças de segurança pública, em plena atividade.
“Art. 4º É proibido o ingresso, circulação e permanência de pessoas armadas ou portando qualquer objeto capaz de colocar em risco a integridade física dos (as) vereadores(as), servidores(as) e demais pessoas, na sala do Plenário do Poder Legislativo, salvo as seguintes exceções: policial federal, militar, civil ou rodoviário, bombeiro militar, agente penitenciário e guarda municipal, quando estiverem executando serviço no Poder Legislativo Municipal”.
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Delegacia
Além de baixar a resolução, Paulo Victor vai se dirigir a uma delegacia de polícia na manhã desta quinta-feira, para ser ouvido, na condição de presidente da Câmara Municipal.
A polícia já deu início a investigação, para apurar a veracidade da denúncia contra Domingos Paz.
A depender das informações que forem colhidas nas próximas horas, os investigadores poderão pedir à Justiça um mandado de busca e apreensão contra Paz.
BO
Não há citação a respeito de quem seriam os alvos de Paz.
O Imirante acionou o vereador Domingos Paz para obter um posicionamento a respeito da grave denúncia, e aguarda retorno. Em nota o vereador classificou as acusações de caluniosa e cruel. Ele também disse que nunca chegou perto de uma arma de fogo na sua vida.
Veja a nota de Domingos Paz abaixo:
Venho a público, por meio desta nota, esclarecer que estou sendo vítima, mais uma vez, de uma acusação caluniosa e cruel por parte de pessoas que não têm compromisso com a verdade.
Tenho 52 anos, nunca cheguei perto de uma arma de fogo e jamais teria a coragem de tentar algo contra a vida de quem quer que seja, ou contra a minha própria vida.
Minha vida é regida pela Palavra de Deus, na qual a comunhão, o amor ao próximo, a paz e a valorização da vida são princípios inegociáveis.
Como é do conhecimento de todos, na última terça-feira, durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de São Luís-MA, fui levianamente atacado, mas em nenhum momento eu tentei agredir qualquer vereador ou dirigir palavras de cunho ameaçador a quem quer que seja.
Sempre ajo com todo o respeito que aquela casa exige em relação aos meus pares, pois entendo ser possível um debate divergente e respeitoso.
Reafirmo mais uma vez que estou sendo vítima de uma perseguição política de forma extremamente cruel.
Minha equipe jurídica seguirá tomando as providências cabíveis para a total resolução e esclarecimento dessa acusação sem fundamento.
O Imirante também entrou em contato com o vereador Beto Castro, citado no boletim de ocorrência, e espera por um posicionamento.
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