Turbulência

Após ameaça de Domingos Paz, Álvaro Pires pede escolta na Câmara

Álvaro Pires afirmou com exclusividade ao Imirante que, apesar de esperar que a ameaça de Paz não seja direcionada a ele, pedirá escolta na Casa.

Ronaldo Rocha e Gilberto Léda / Ipolítica

Atualizada em 26/10/2023 às 13h17

SÃO LUÍS - O vereador Álvaro Pires (PSDB) afirmou com exclusividade ao Imirante que solicitará à presidência da Câmara Municipal de São Luís, escolta particular na Casa, em decorrência da grave denúncia registrada pela procuradora geral do Parlamento, Jéssica Thereza Marques Ribeiro Araújo.

Jéssica Thereza relatou à polícia ter recebido a informação de que o vereador Domingos Paz (Podemos) prometeu assassinar a tiros dois vereadores, colegas de Parlamento e em seguida recorrer ao suicídio no Plenário da Câmara. 

O relato ocorreu dois dias depois do tumulto registrado na Câmara e protagonizado por Domingos Paz e Álvaro Pires (PSDB). Na ocasião houve forte discussão entre os dois, trocas de acusações e xingamentos. Como consequência, a sessão da Câmara foi suspensa. Álvaro precisou ser retirado do Plenário por colegas e seguranças da Casa.

Foi justamente por esse motivo, que Álvaro Pires decidiu pedir à presidência da Casa, escolta particular. Ele acredita ser grave a denúncia.

“Apesar de esperar que a ameaça não seja dirigida a mim, vou pedir segurança em Plenário para a presidência”, disse Álvaro Pires.

Boletim de Ocorrência relata grave ameaça supostamente cometida pelo vereador Domingos Paz
Boletim de Ocorrência relata grave ameaça supostamente cometida pelo vereador Domingos Paz

BO

No boletim de ocorrência registrado pela procuradora da Câmara, não há muitos detalhes, tão somente o relato de ameaça de Domingos Paz. 

Ela informa que soube que Paz teria assegurado ao colega Beto Castro (PMB) que iria para a Câmara Municipal armado, e lá executaria outros dois desafetos. Logo em seguida, de acordo com a procuradora, ele iria se matar.

Não há citação a respeito de quem seriam os alvos de Paz e a polícia destaca no boletim que o registro é para os devidos fins de direito. 

Domingos Paz foi procurado pelo Imirante para falar sobre o caso, mas ele ainda não se posicionou sobre o tema. Beto Castro, citado no boletim de ocorrência, também foi procurado, mas até esta publicação, não havia se manifestado.

A Mesa Diretora da Câmara ainda não se posicionou oficialmente sobre o pedido de Álvaro Pires.

Veja a nota de Domingos Paz abaixo: 

Venho a público, por meio desta nota, esclarecer que estou sendo vítima, mais uma vez, de uma acusação caluniosa e cruel por parte de pessoas que não têm compromisso com a verdade.

Tenho 52 anos, nunca cheguei perto de uma arma de fogo e jamais teria a coragem de tentar algo contra a vida de quem quer que seja, ou contra a minha própria vida.
Minha vida é regida pela Palavra de Deus, na qual a comunhão, o amor ao próximo, a paz e a valorização da vida são princípios inegociáveis.
Como é do conhecimento de todos, na última terça-feira, durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de São Luís-MA, fui levianamente atacado, mas em nenhum momento eu tentei agredir qualquer vereador ou dirigir palavras de cunho ameaçador a quem quer que seja.
Sempre ajo com todo o respeito que aquela casa exige em relação aos meus pares, pois entendo ser possível um debate divergente e respeitoso.
Reafirmo mais uma vez que estou sendo vítima de uma perseguição política de forma extremamente cruel.
Minha equipe jurídica seguirá tomando as providências cabíveis para a total resolução e esclarecimento dessa acusação sem fundamento.

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