SÃO LUÍS - Eleito três vezes deputado federal, o agora ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil) nunca teve grandes holofotes na Câmara dos Deputados. Somente quando foi presidente do conselho de ética da Casa é que o nome dele repercutiu nacionalmente devido a cassação da então deputada Flordelis, condenada pelo assassinato de seu marido, Anderson do Carmo.
Fora isto, a atuação de Juscelino sempre foi mais debastidores. Sempre atuou na direção nacional do DEM e depois União Brasil quando seu partido fundiu com o PSL. Mas sempre sem grandes repercussões nacional.
Agora, no entanto, como membro do primeiro escalão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os olhos da imprensa nacional se voltaram para ele. Juscelino usou o dinheiro do orçamento secreto (que foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal) para asfaltar estrada que dá acesso a sua fazenda em Vitorino Freire.
Foram R$ 5 milhões em um contrato dado a Eduardo Imperador, considerado pela Polícia Federal dono da empresa contratada pela prefeita Luanna Rezende, irmã de Juscelino.
São muitas situações que deixam a imagem do ministro das Comunicações arranhada e que poderá levar a sua saída do cargo.
Além do uso do orçamento própria em seu favor, Juscelino Filho tem a vida de ministro mais complicada ainda porque o seu partido não fechou questões em torno do apoio ao governo Lula. Os deputados e senadores dizem que se posicionarão de forma independente no Congresso Nacional.
Com uma investigação em torno de indicação parlamentar sua e um partido fora da base do governo, talvez a permanência de Juscelino no Ministério das Comunicações não seja certa de fato.
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