SÃO LUÍS - A senadora Eliziane Gama (Cidadania) utilizou o seu perfil em rede social para cobrar investigação para a identificação e punição dos responsáveis pela crise humanitária que abala povos indígenas Yanomami em Roraima. 

De acordo com a imprensa, quase 100 crianças morreram de desnutrição, malária e verminoses em 2022 e o número de mortos nos últimos anos passa de 450.

Gama afirmou que o Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro ignorou pedidos de ajuda aos povos indígenas e disse que a omissão e a prevaricação mata.

“Segundo a @TheInterceptBr,  o governo Bolsonaro ignorou 21 ofícios com pedidos de ajuda aos povos Yanomamis. A omissão e a prevaricação matam. Precisamos encontrar e punir os responsáveis por esse crime contra a vida dos povos originários”, afirmou a senadora.

STF 

Na manhã de hoje, o ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF) também defendeu a identificação dos responsáveis pela grave situação a que foram submetidos os índios Yanomami.

"A inaceitável situação de penúria dos Yanomamis, agora revelada, é uma tragédia muito grande para acreditarmos que foi improvisada. A apuração das responsabilidades é urgente", escreveu o ministro no twitter.

A publicação foi compartilhada pelo ministro de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB). 

Investigação
No último sábado (21) Flávio Dino determinou abertura de inquérito policial para apurar suposto crime de genocídio e crimes ambientais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

De acordo com o Governo, somente em 2022 quase uma centena de crianças Yanomami morreram por causa de desnutrição severa, verminose e malária. 

A informação de morte dos índios, contudo, somente surgiu na imprensa e ganhou repercussão nacional no mês de janeiro deste ano. 

A crise sanitária chamou a atenção da imprensa mundial para o caso. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou Boa Vista no sábado e anunciou medidas emergenciais de saúde e transporte público para os índios Yanomami. 

Ele também se disse alarmado com a situação dos índios e prometeu acelerar a contratação de profissionais da saúde para atender os índios em Roraima. 

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