Em São Luís

Mais de 250 casarões históricos apresentam problemas estruturais

Esse levantamento é de 2021, o último realizado pelo Corpo de Bombeiros, que inclui toda a área do Centro Histórico.

Imirante.com, com informações da TV Mirante

Atualizada em 01/03/2023 às 06h42
De acordo com o tenente Wellington Cardoso, analista técnico em Defesa Civil, muitos casarões situados no Centro Histórico de São Luís apresentam riscos,.
De acordo com o tenente Wellington Cardoso, analista técnico em Defesa Civil, muitos casarões situados no Centro Histórico de São Luís apresentam riscos,. (Foto: Reprodução/TV Mirante)

SÃO LUÍS - Um levantamento feito pela Defesa Civil mostrou que mais de 250 casarões históricos estão apresentando problemas estruturais em São Luís.

Um exemplo é um prédio histórico, situado na rua da Estrela, que reúne várias lojas de artesanato e que está fechado atualmente. As obras de recuperação no local só deve começar em janeiro. A intenção é reestabelecer o funcionamento do casarão, fechado desde maio deste ano, depois que o teto desabou. Quem passa pela região, se encanta com a beleza do lugar, mas, nem imagina o tamanho do risco.

De acordo com o tenente Wellington Cardoso, analista técnico em Defesa Civil, muitos casarões situados no Centro Histórico de São Luís apresentam riscos, causados pela fragilidade de suas estruturas. 

“Crítica é quando vê que alguns elementos estruturais do casarão já oferecem fragilidade suficiente para ocasionar um desabamento. Por exemplo, quando a gente já observa que suas paredes já apresentam rachaduras ou trincas já bastantes expressivas que a gente já verifica que é possível ocorrer um desabamento. Não que seja um desabamento total da edificação, mas, pelo menos, parcial”, disse o tenente Wellington Cardoso.

Estes casarões que estão sob os olhares do instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), se juntam a outros na mesma situação. A Defesa Civil do estado diz que, ao todo, são mais de 160 em risco médio e leve de desabamento.

Esse levantamento é de 2021, o último realizado pelo Corpo de Bombeiros, que inclui toda a área do Centro Histórico: ou seja, mais de 5 mil casarões. A preocupação com a chegada de mais um período chuvoso é que muitos desses imóveis considerados de risco leve ou médio podem ter evoluído para uma situação mais grave.

Quase todos esses casarões são particulares, o que dificulta o acesso das autoridades. O superintendente do IPHAN no Maranhão, Maurício Itapary, ressalta que os cartórios não possuem o registro dos proprietários dos imóveis. 

“Muita das vezes a gente não consegue nem saber quem é o proprietário desse imóvel para que a gente possa fazer a notificação do proprietário, visto que estes registros nos cartórios são muito antigos. A gente pede informação e muita das vezes os cartórios nos respondem que não sabem quem é o proprietário”, disse o superintendente do IPHAN no Maranhão.

Parte do Centro Histórico de São Luís é tombada pela Unesco e considerada Patrimônio da Humanidade. Dos 1500 imóveis dessa área cerca de 100 correm risco de cair, de acordo com o IPHAN, responsável por fiscalizar a área. Todos eles, foram notificados e os processos correm na Justiça.

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