Último discurso

Roberto Rocha se despede do Senado e faz apelo por reforma tributária

Senador maranhense conclui mandato em janeiro, quando não há mais sessões em decorrência do recesso e deixa cadeira para Ana Paula Lobato.

Ipolítica, com informações do Senado

Roberto Rocha utilizou a tribuna do Senado para se despedir do mandato
Roberto Rocha utilizou a tribuna do Senado para se despedir do mandato (Roque de Sá/Senado)

SÃO LUÍS - O senador Roberto Rocha (PTB) se despediu na sessão ordinária desta quarta-feira no Senado Federal para fazer o seu pronunciamento de despedida do mandato que ele exercia há 8 anos. 

Rocha foi eleito para o Senado no pleito de 2014, na chapa do ex-governador Flávio Dino - naquela ocasião, eleito para o primeiro mandato no Palácio dos Leões -, e finaliza a atual legislatura em janeiro de 2023.

 Durante o seu discurso - provavelmente o último da tribuna -, uma vez que após o Natal o Congresso entrará no período de recesso parlamentar -, Rocha destacou projetos em que se empenhou pela aprovação, seja como autor ou relator. Citou, entre eles, a ampliação da atuação da Codevasf (Lei 14.053, de 2020) para todo Maranhão e outros estados do país, e o projeto que dobra o valor da merenda escolar para municípios de extrema pobreza (PL 8.816/2017). Ele também mencionou outras propostas de impacto nacional.

“A definição do valor de R$ 400,00 do Auxílio Brasil e depois sua conversão num programa permanente. O projeto que cria a Lei Geral do Esporte, do qual eu fui relator na CCJ. O novo marco legal do saneamento básico, o regime especial de atualização patrimonial, o novo marco legal da securitização, a criação da Comissão Permanente de Segurança Pública aqui do Senado, entre tantos outros”, afirmou.

Roberto Rocha também afirmou ter se dedicado especialmente a duas propostas. O novo marco legal das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs), aprovado em 2020, “após 19 anos de luta deste parlamentar no Congresso Nacional, três mandatos de Deputado Federal e um mandato de Senador”. E  a proposta da Reforma Tributária (PEC 110/2019), que para ele, não é uma politica de governo e sim de estado. Roberto Rocha fez um apelo aos colegas para que votem a reforma.

Leia também: Dino recua de indicação da chefia da PRF em menos de 24 horas após o anúncio

“Tenho convicção que o relatório por mim apresentado reflete um avanço significativo na conciliação de interesses e por isso faço aqui aos senhores meus amigos senadores e senadoras um pedido para que não deixem o Senado perder o protagonismo desta matéria. Não existe mais PEC da Câmara e PEC do Senado. Essa disputa por protagonismo foi deixada para trás quando fizemos uma Comissão Mista de Senadores e Deputados. Essa Comissão Mista foi presidida por um Senador, Senador Roberto Rocha, mas ela foi relatada por um Deputado, Deputado Agnaldo Ribeiro, que é o Relator da PEC 45, da Câmara”, afirmou.

O parlamentar agradeceu aos colegas senadores, aos integrantes de seu gabinete em Brasília e no Maranhão e aos servidores do Senado. Ele agradeceu especialmente pelo apoio recebido durante o enfrentamento ao câncer que vitimou seu filho, Paulo Diniz Rocha, aos 31 anos, em outubro deste ano.

“Agradecer a todos pelo companheirismo, pelas palavras e pelas mensagens de apoio durante os últimos quatro anos, em que passei por muitas dificuldades pessoais com a minha família, em virtude do problema de saúde do meu filho, que travou uma dura batalha contra o câncer. Muito obrigado em especial ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e aos companheiros Weverton, Davi Alcolumbre, Fabiano Contarato e Carlos Portinho, que foram pessoalmente a São Luís no dia do velório do meu filho. Gestos como esse não têm preço”, agradeceu.

Roberto Rocha desejou sabedoria, saúde e felicidade tanto aos que prosseguem no mandado quanto aqueles que assumem a partir de fevereiro de 2023.

Homenagens

O presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) destacou o empenho do senador durante seu mandato, especialmente como relator na reforma tributária, que classificou como “a principal matéria do Brasil”, que segue em tramitação no Congresso. Pacheco afirmou que o trabalho dele não será em vão.

Pacheco também se solidarizou com o  senador pela perda do seu filho.

“Por fim, quero dizer, de fato, que todos nós nos sensibilizamos, lamentamos e prestamos, uma vez mais, os sentimentos a Vossa Excelência. Vossa Excelência viveu a pior dor que um ser humano pode sentir, que um pai pode sentir, recentemente. E nós acompanhamentos toda essa história, porque Vossa Excelência nos comunicava dessa luta muito forte, muito bonita, do seu filho contra o câncer. E todos nós nos ombreamos a Vossa Excelência nesse momento de dor. Agradeço-lhe a mensagem feita, em especial, a mim. Tenha aqui um amigo com quem sempre poderá contar”, afirmou.

O vice-presidente, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB,) também homenageou o senador Roberto Rocha. Ele agradeceu ao trabalho realizado pelo parlamentar nos últimos anos.

“Fomos fortalecendo e consolidando laços e conhecendo perfis, características, e entre estas a sua competência de trabalho, de dedicação, a presteza para com as missões que eram delegadas, as iniciativas próprias, então, tudo isso tornou-se um conjunto muito caro aos seus amigos. Eu me coloco entre tantos e tantos que Vossa Excelência aqui, granjeou”, finalizou.

Saiba Mais

Com a conclusão de mandato no Senado Federal, quem ingressa na Casa pela bancada maranhense - por ter sido eleito em outubro deste ano -, foi o ex-governador Flávio Dino (PSB). Dino, contudo, pedirá licença do mandato logo após assumir, para poder atuar como ministro da Justiça do Governo Lula. A primeira suplente, Ana Paula Lobato (PSB), por sua vez, é quem de fato ocupará a cadeira e integrará a bancada na Casa. 

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.