Eleições 2022

Moraes diz que TSE tomará providências contra ataque de Jefferson a Cármen Lúcia

Presidente da Corte eleitoral disse que liberdade de expressão não pode ser confundida com "liberdade de agressão".

Ipolítica

Moraes posicionou-se por meio de nota oficial
Moraes posicionou-se por meio de nota oficial (Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)

BRASÍLIA - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, emitiu nota a noite deste sábado (22) para repudiar a “covarde e abjeta agressão” proferida pelo ex-deputado Roberto Jefferson contra a ministra Cármen Lúcia, também do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, a corte tomará todas as providências necessárias.

O posicionamento de Moraes acontece após Jefferson divulgar vídeo nas redes chamando a magistrada de "bruxa" e a comparando a uma “prostituta". Alguns dos termos utilizados pelo ex-parlamentar, que está em prisão domiciliar, são impublicáveis.

A filmagem com os ataques foi publicada no perfil da filha do ex-deputado, a também ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), no Twitter. No vídeo, Jefferson xinga Carmen Lúcia em virtude do posicionamento dela no julgamento, pelo TSE, contra a emissora Jovem Pan, censurada por críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Cármen Lúcia acompanhou o ministro relator e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, assim como os colegas Ricardo Lewandowski e Benedito Gonçalves. As decisões contra Jovem Pan foram tomadas pela maioria do tribunal, com um placar de 4 votos a 3..

“O Tribunal Superior Eleitoral repudia a covarde e abjeta agressão desferida contra a Ministra Cármen Lúcia e tomará todas as providências institucionais necessárias para o combate à intolerância, à violência, ao ódio, à discriminação e à misoginia que são atentatórios à dignidade de todas as mulheres e inimigos da Democracia, que tem, historicamente, em nossa Ministra uma de suas maiores e intransigentes defensoras”, diz Moraes no comunicado.

“A utilização de agressões machistas e misóginas demonstra a insignificante estatura moral e intelectual daqueles que, covardemente, se escondem no falso manto de uma inexistente e criminosa ‘liberdade de agressão’, que jamais se confundirá com o direito constitucional de liberdade de expressão que, no Brasil e nos países civilizados, não permite sua utilização como escudo protetivo para a prática de todo tipo de infrações penais”, acrescenta.

Depois da manifestação foral, Moraes foi também ao Twitter, e completou: "As agressões machistas e misóginas contra a Min Carmen Lúcia, exemplo de magistrada, demonstram a insignificante e covarde estatura moral daqueles que pretendem se esconder em uma criminosa 'liberdade de agressão', que não se confunde com a liberdade de expressão”.

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