SÃO LUÍS - O ex-presidente da República José Sarney (MDB) divulgou nesta sexta-feira (21) uma nota de apoio ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No texto, o emedebista - também ex-presidente do Senado - diz que o STF "nunca faltou à Nação" e que a Corte, "sobretudo nos momentos difíceis como o que vivemos”, garante "direitos humanos, individuais, difusos e sociais, o Estado de Direito, o governo das liberdades e sobretudo a democracia, que não existe sem a Justiça”.
"Fui o orador do Centenário do STF e ressaltei que Machado de Assis dizia que sua vitaliciedade dava à Casa uma consciência da duração perpétua, responsável que fora, era e é pela unidade nacional”, destacou.
Sarney também lembra momento turbulentos da política nacional, com fechamentos do Executivo e do Legislativo, mas ressalta que "nunca o Judiciário” foi fechado.
"A estrutura do País repousa sobre o Supremo Tribunal Federal que será sempre a base da democracia e da liberdade. Minha solidariedade à Suprema Corte e a seus Ministros, que zelam pelas instituições”, completou Sarney, sem mencionar, contudo, nenhum ataque específico à Corte, que vem sendo alvo de aliados dos candidatos a presidente da República desde o primeiro turno das eleições.
Ao final, ele conclamou a sociedade a se unir, "sem partidarismo ou ideologia”, em defesa do Supremo, como guardião da Constituição e da democracia.
"Sem um Supremo forte e íntegro não há democracia e os direitos individuais desaparecem. Devemos nos reunir todos, sem partidarismo ou ideologia, e prestigiar o Supremo Tribunal Federal. É ele que guarda a Constituição, nossa garantia como Nação democrática”, concluiu.
Discurso - Esta é a segunda vez, durante o período eleitoral, que José Sarney manifesta solidariedade ao STF.
Em julho, o ex-presidente fez uma aplaudida defesa da democracia ao discursar como orador na solenidade de 125 anos da Academia Brasileira de Letras (ABL), em evento na sua sede, no Rio de Janeiro.
Sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), o decano da ABL rebateu as recentes críticas do chefe do Executivo federal ao sistema eleitoral brasileiro. Em reunião com embaixadores naquele mês, Bolsonaro desaprovou a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Infelizmente, não é só a cultura brasileira que precisa, neste momento, ser defendida. Fui o presidente que conduziu a transição democrática, tenho a responsabilidade pessoal de defendê-la. Ela se consolidou pela prática continuada de eleições livres, sob a vigilância segura do Supremo Tribunal Federal”, disse, interrompido por aplausos.
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