Audiência

Começa em São Luís o julgamento do PM e do vigilante acusados de triplo homicídio no Coquilho

O julgamento ocorre no fórum do Calhau; crime ocorreu em janeiro de 2019, na zona rural da capital.

Imirante.com

Atualizada em 26/03/2022 às 18h16
O julgamento é presidido pelo juiz titular do 2º Tribunal do Júri, Gilberto de Moura Lima. Foto: Ismael Araújo/Grupo Mirante.
O julgamento é presidido pelo juiz titular do 2º Tribunal do Júri, Gilberto de Moura Lima. Foto: Ismael Araújo/Grupo Mirante.

SÃO LUÍS - Começou, na manhã desta terça-feira (22), o julgamento do policial militar Hamilton Caíres Linhares e do vigilante Evilásio Lemos, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no bairro Calhau. Segundo a polícia, eles são acusados de um triplo homicídio, que ocorreu no dia 3 de janeiro de 2019, no Coquilho, na zona rural de São Luís.

As vítimas foram Gustavo Feitosa Monroe, de 18 anos; Joanderson da Silva Diniz, de 17 anos; e Gildean Castro Silva, de 14 anos. O julgamento é presidido pelo juiz titular do 2º Tribunal do Júri, Gilberto de Moura Lima.

Os dois réus se encontram na sala da audiência. A sessão foi iniciada com o sorteio do corpo de jurados por volta das 8h30.

“A gente sempre partiu da ideia, pelas provas, de que o Evilásio, possivelmente, a gente logicamente trabalha n campo da probabilidade porque a gente não tá presente, não tem uma pessoa que presencial diretamente, nem tem câmera que filmou. Então a gente parte do pressuposto de que Evilásio provavelmente, dentro da possibilidade, foi constrangido, ou seja, foi obrigado a ajudar, a auxiliar o executor, que a gente tem a convicção, baseada nas provas, que esse executor foi o Hamilton”, disse o promotor de Justiça Rodolfo Reis, do Ministério Público.

O policial militar Hamilton Caíres Linhares é acusado de matar as vítimas. / Foto: Divulgação.
O policial militar Hamilton Caíres Linhares é acusado de matar as vítimas. / Foto: Divulgação.

“A defesa está muito consciente não só da inocência do Hamilton Caíres, mas também de que o júri fará Justiça hoje mais uma vez como acontece ao longo de toda a história desta instituição”, disse o advogado Alan Paiva, responsável pela defesa do PM Hamilton.

Evilásio Júnior aparece nas investigações como suspeito de ter ajudado Hamilton. / Foto: Divulgação.
Evilásio Júnior aparece nas investigações como suspeito de ter ajudado Hamilton. / Foto: Divulgação.

Por sua vez, o advogado Paulo Ribeiro, que faz a defesa do vigilante, também falou da expectativa. “O que a gente espera é realmente um júri demorado, técnico mas que ao final, seja feito o efetivo cumprimento da Justiça. Eu tenho certeza da inocência do Evilásio. O Evilásio não participou desse fato”, afirmou.

Durante a audiência, serão ouvidos os réus e oito testemunhas, que serão arroladas pela defesa e acusação. Ainda durante a sessão, haverá espaço para a explanação da defesa e do representante do Ministério Público. Também ocorrem os debates e, só depois dessa etapa, que o juiz pode anunciar a decisão dos jurados.

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Adiado

Hamilton Caíres e Evilásio Lemos já deveriam ter sido julgados no dia 14 de dezembro do ano passado, mas o julgamento acabou sendo adiado para o dia 22 de fevereiro deste ano. O juiz Gilberto de Moura acatou o pedido da defesa do PM Hamilton.

O advogado Alan Paiva argumentou que a mãe dele estaria internada e, por isso, ele não teria condições de atuar no júri nessa data. Com o pedido de adiamento do julgamento do policial, o promotor de Justiça Rodolfo Reis considerou que seria mais positivo não desmembrar o processo e pediu que fosse adiado também o julgamento do vigilante, o que foi acatado pelo magistrado.

Triplo homicídio

Três jovens que foram vítimas da chacina em Coquilho, na zona rural de São Luís. / Foto: Reprodução.
Três jovens que foram vítimas da chacina em Coquilho, na zona rural de São Luís. / Foto: Reprodução.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, os adolescentes Gildean Castro Silva, Gustavo Feitosa Monroe e Joanderson da Silva Diniz foram assassinados com tiro na cabeça, no dia 3 de janeiro de 2019, no Coquilho.

As vítimas saíram de casa, em duas bicicletas, para a localidade conhecida como "Romão", área de banho e pesca. A estrada de acesso estava localizada dentro da construção do Residencial Mato Grosso, no Coquilho.

Por volta das 14h, as vítimas foram avistadas por um dos seguranças, que avisou aos seus companheiros de serviço a possível entrada de invasores. Os corpos e duas bicicletas somente foram encontrados no dia seguinte, quando os parentes sentiram falta dos jovens e saíram em busca deles. A Polícia Civil investigou o caso.

Cronologia dos fatos

Dia 3 de janeiro de 2019: Gustavo Feitosa Monroe, Joanderson da Silva Diniz e Gildean Castro Silva são executados no Coquilho.

Dia 14 de dezembro de 2021: adiado o julgamento do PM Hamilton e do vigilante Evilásio Lemos.

Dia 22 de fevereiro de 2022: audiência de julgamento dos acusados do triplo homicídio do Coquilho.

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