Grilagem de Terras

Um ano do assassinato do empresário Marggion Andrade no Araçagy

O corretor Elias Orlando e o ex-vereador 'Júnior do Mojó' são apontados como mandantes do crime.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 12h16

SÃO LUÍS - Nesta quinta-feira (11), faz um ano do assassinato do empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade, 45 anos, no Araçagy. Quatro pessoas estão presas suspeitas de participação no crime. Estão presos: o caseiro Robert Sousa dos Santos, 19 anos; o ex-presidiário Alex Nascimento dos Santos, de 23 anos, ambos executores do homicídio; além de um adolescente de 15 anos, que foi apreendido e liberado pela Justiça.

A polícia prendeu, também, o corretor de imóveis Elias Orlando Nunes Filho, de 43 anos, e o exe-vereador de Paço do Lumiar, Edson Arouche Júnior, o 'Júnior do Mojó'. O ex-parlamentar foi preso em São Paulo pela Polícia Federal. Outro suspeito de mandar matar o empresário Marggion Andrade, o corretor de imóveis Elias Orlando, de 57 anos, que estava com prisão preventiva decretada, se apresentou à polícia acompanhado de um advogado.

Elias Orlando e Júnior do Mojó foram indiciados por falsidade ideológica, homicídio qualificado, ocultação de cadáver e estelionato.

Entenda o Caso

O empresário Marggion Andrade que foi assassinado no dia 11 de outubro do ano passado em terreno no Araçagi por denunciar o esquema de venda ilegal de lotes, após descobrir que um terreno seu no bairro teria sido vendido três vezes. Junto ao ex-vereador Júnior do Mojó, o corretor Elias Orlando Nunes Filho também é considerado o outro mandante do crime. Ele chegou a ser preso por determinação da Vara Criminal de São José de Ribamar três dias após o crime, mas foi solto, em menos de 24 horas, por um habeas corpus concedido pela desembargadora do Tribunal de Justiça do Maranhão, Maria dos Remédios Buna, que julgou os indícios de seu envolvimento no crime como "suposições". Segundo a polícia, o corretor já responde a processos por crimes de estelionato na capital, datados de 1981, 1994, e 2000. Após o habeas corpus, Elias havia fugido.

Mojó e Elias contrataram o caseiro Roubert Sousa dos Santos, o "Louro", 19, o ex-presidiário Alex Nascimento de Sousa, 23, e um adolescente de 15 anos para matar Marggion, dono do terreno que Mojó e Elias estariam ofecerendo ilegalmente a vários compradores.

O empresário Marggion levou um tiro de revólver na nuca, quando chegava com o almoço de Roubert Sousa dos Santos, o Louro, contratado para vigiar o seu terreno, localizado à Rua Bonanza, no Araçagi. Enquanto o caseiro distraía a vítima, Alex de Sousa se aproximou pelas costas do empresário e o alvejou. A dupla contou com ajuda do menor, que vigiava o local. No terreno, os criminosos já haviam preparado a cova, na qual o corpo foi encontrado na manhã do dia seguinte.

Elias Orlando Filho e o ex-vereador Júnior do Mojó passaram a ser investigados pela polícia durante a prisão de três pessoas contratadas para matar o empresário, que haviam comprado um terreno.

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