Eleições 2022

Entrevista de Lula ao JN tem menor audiência que a de Bolsonaro

Participação do petista teve média de 32,7 pontos, contra 37 do atual presidente.

Ipolítica

Lula foi o entrevistado desta quinta-feira no JN
Lula foi o entrevistado desta quinta-feira no JN (Reprodução/TV Globo)

RIO DE JANEIRO - A participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Jornal Nacional desta quinta-feira (25) rendeu 31,4 pontos de média em sua faixa horária de exibição, das 20h31 às 21h12, de acordo com os dados prévios de audiência em São Paulo, informados pelo TV Pop.

Isso representa a sintonia de 46,1% dos televisores ligados na região.

Os números do petista não superaram os do presidente Jair Bolsonaro (PL), entrevistado na segunda-feira (22). A entrevista com o atual chefe do Executivo federal teve média de 32,7 pontos - com a sintonia de 46,7% dos aparelhos de TV da Grande São Paulo.

Bolsonaro teve, ainda, um pico de 37 pontos — o maior índice de todos os programas de televisão na região no ano de 2022.

Corrupção - O primeiro tema abordado na entrevista foi corrupção. Questionado sobre os desvios apontados pela Operação Lava Jato - que levaram à condenação do ex-presidente, depois anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por questões processuais - Lula admitiu que não se pode negar os ilícitos se houve confissões

"Deixa eu te falar uma coisa, você não pode dizer que não houve corrupção se as pessoas confessaram", disse. Ele, no entanto, criticou as delações premiadas.

"O que é mais grave é que as pessoas confessaram e, por conta das pessoas confessarem ficaram ricos por conta de confessar. Ou seja, foi uma espécie de uma delação premiada. Você não só ganhava liberdade, por falar o que queria o Ministério Público, como você ganhava metade do que você roubou. Ou seja, o roubo foi oficializado pelo Ministério Público", completou.

MST - O candidato do PT também fez uma defesa do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Segundo ele, o grupo, hoje, não é o mesmo de 30 anos atrás.

"O MST está fazendo uma coisa extraordinária, está cuidando de produzir, não sei se você sabe, o MST hoje tem várias cooperativas, o MST é o maior produtor de arroz do Brasil. Você tem que visitar uma cooperativa do MST, você vai ver que aquele MST de 30 anos atrás não existe mais", afirmou.

E acrescentou que fazendeiros e agropecuaristas que atualmente apoiam o presidente Jair Bolsonaro o fazem porque estão tendo acesso facilitando a armas de fogo.

"Agora, o Bolsonaro está ganhando o fazendeiro porque está liberando arma. Tem gente que acha que é bom ter arma em casa, que acha que é bom matar alguém. Não, o que nós queremos é pacificar esse país", comentou.

Lula também criticou o orçamento secreto. E disse que o presidente e os governadores estão “reféns” da prática, que, se eleito, pretende acabar com o dispositivo dialogando com o Congresso, mas que também não poderá governar sem os partidos do chamado Centrão.

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