Justiça

Denunciados por acidente com "pau de arara" que matou estudantes não serão mais levados a júri popular

O acidente com mortes aconteceu em abril de 2014, quando um veículo de transporte escolar, conduzido por adolescente, colidiu com um caminhão de carga.

Imirante, com informações da TV Mirante

Atualizada em 01/08/2023 às 06h54
O acidente causou a morte de oito estudantes e mais o proprietário do veículo, ao todo nove óbitos.
O acidente causou a morte de oito estudantes e mais o proprietário do veículo, ao todo nove óbitos. (Foto: Divulgação)

BACURI - Os cinco réus envolvidos no acidente com um veículo de transporte escolar (conhecido popularmente como “pau de arara”), em abril de 2014 - que matou oito estudantes no povoado Madragoa, no município de Bacuri -, não serão mais levados a júri popular.

Após uma decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), os denunciados deverão ser julgados em primeira instância, por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Votaram a favor dessa decisão os desembargadores Gervásio Protázio dos Santos e Sebastião Bonfim.

O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) informou que vai recorrer da decisão, porque entende que os réus devem ser responsabilizados criminalmente pela morte dos oito estudantes.

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A caminhonete “pau de arara” transportava alunos, quando o veículo colidiu de frente com um caminhão transportando pedras. A caminhonete era dirigida por um adolescente que não tinha habilitação e era filho do motorista, que também morreu no acidente. O transporte possuía carroceria aberta com bancos de madeira improvisados.

Os réus são: o ex-prefeito Baldoíno Nery; a ex-secretária municipal de Educação, Célia Nery; o então chefe da comissão de Licitação, Gersen James; o ex-pregoeiro municipal, Wagno Setúbal e o sócio-diretor da empresa Conservis (contratada pela Prefeitura de Bacuri para prestar serviços de transporte escolar), Andrew Santos. 

Vítimas

Os estudantes Ana Raquel Borges, Clenilde Asevedo, Aldaléia Gomes, Nayara Costa, Carlos Vinicius Almeida, Jefferson Silva e as irmãs Emyly e Samyly Farias, morreram no desastre. Além disso, oito alunos ficaram com lesões corporais. Na ocasião, o proprietário do veículo, Rogério Rocha, também morreu. 

O veículo, uma picape, havia sido contratado ilegalmente, em 2013, pela administração municipal por meio de procedimento licitatório, vencido pela empresa Conservis Construções e Serviços Ltda.

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