Terra Indígena Araribóia

Ibama recebe ajuda do Chile para combater fogo em terra indígena

A Força Área Chilena trouxe sete mil litros de um produto químico que potencializa a ação da água.

Imirante Imperatriz, com informações da TV Mirante.

Atualizada em 27/03/2022 às 11h38
 O produto foi trazido em um avião da Força Área Chilena. (Foto: Reprodução / TV Mirante)
O produto foi trazido em um avião da Força Área Chilena. (Foto: Reprodução / TV Mirante)

AMARANTE – O Ibama recebeu ajuda do governo chileno para combater o incêndio na Terra Indígena Araribóia. Chegaram a Imperatriz, trazidos pela Força Área Chilena, sete dos 20 mil litros de um produto químico que potencializa a ação da água no combate ao fogo que há 40 dias destrói a floresta na terra indígena.

Essa foi a primeira entrega do material enviado pelo governo chileno. A colaboração entre os dois países visa conter as chamas que, segundo o Ibama, já destruíram quase 40% dos 140 mil hectares de florestas amazônica, no Sudoeste do Maranhão. Até a próxima terça-feira devem chegar mais dois carregamentos.

Com o produto enviado pelo governo chileno, a partir desta segunda-feira, o combate ao incêndio na Terra Indígena Araribóia entra em uma nova fase para as frentes de combate ao incêndio.

“É um retardante que potencializa o poder da água no combate a o fogo. Se necessário também a gente vai jogar com os helicópteros, que já estão disponíveis aqui. Nós também temos piscinas que podem ser carregadas de água e usadas no combate ao incêndio”, disse Márcio Youle, coordenador da Operação de Combate ao Incêndio.

 Ao todo, serão 20 mil litros de produtos químicos. (Foto: Reprodução / TV Mirante)
Ao todo, serão 20 mil litros de produtos químicos. (Foto: Reprodução / TV Mirante)

São mais de 200 brigadistas trabalhando na missão e o número tende a aumentar. O fogo ameaça os índios guajajaras, gaviões e awá-guajás. As altas temperaturas e o vento na região têm dificultado o controle das chamas

Crime

Além da tragédia ambiental, a Polícia Ambiental também investiga uma emboscada que vitimou o chefe da fiscalização do Ibama. Roberto Amaral levou um tiro no braço. A suspeita é que o crime tenha sido cometido por madeireiros que atuam irregularmente na região. Roberto recebeu os atendimentos médicos e passa bem.

“Há uma relação entre as duas atividades, o incêndio e a atuação dos madeireiros na região. Temos a frente de brigadas atuando no combate ao incêndio e outra atuando nas fiscalizações que atua nos casos de roubos de madeiras. Esse caso de tentativa de homicídio só vem reforçar nossa ação”, afirmou Roberto Cabral.

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