ALCÂNTARA - O foguete sul-coreano HANBIT-Nano, que explodiu após ser lançado do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) nesta segunda-feira (22), levava ao espaço oito cargas úteis, sendo cinco pequenos satélites para colocação em órbita e três dispositivos experimentais, voltados para pesquisas científicas em diversas áreas. Os experimentos, que ficaram dentro de uma coifa na parte superior do foguete, foram desenvolvidos por instituições do Brasil e da Índia.
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O lançamento do foguete, que não era tripulado, tinha o objetivo de colocar os equipamentos em órbita, para coletar dados ambientais, fazer testes de comunicação em órbita, monitorar fenômenos solares e validar tecnologias de navegação.
A Operação Spaceward, como foi batizada a missão do primeiro lançamento comercial de um foguete em Alcântara, contou com cerca de 400 profissionais, entre brasileiros – militares e civis – e sul-coreanos, sendo que 27 deles tinham a responsabilidade de acompanhar diferentes sistemas do foguete.
Confira as cargas úteis que foram lançadas no foguete HANBIT-Nano:
Satélite Jussara-K
Desenvolvido pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em parceria com startups e instituições nacionais, o satélite tinha como missão coletar dados ambientais em regiões de difícil acesso, contribuindo para pesquisas climáticas e ambientais.
Satélites FloripaSat-2A e FloripaSat-2B
Criados pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), os dois satélites seriam usados para testes de comunicação em órbita, validando tecnologias que permitem a troca de dados entre dispositivos espaciais.
PION-BR2 – Cientistas de Alcântara
Desenvolvido pela UFMA em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a startup PION, o dispositivo levaria ao espaço mensagens produzidas por alunos da rede pública de Alcântara, com foco educacional e científico.
Satélite SNI-GNSS
Desenvolvido pela AEB em parceria com as empresas Concert Space, Cron e HORUSEYE TECH, o satélite tinha como objetivo determinar com precisão velocidade, posição e altitude, tecnologia que pode ser aplicada futuramente em drones, veículos terrestres e embarcações.
Solaras-S2
Criado pela empresa indiana Grahaa Space, o satélite seria responsável por monitorar fenômenos solares que podem afetar comunicações, sistemas de navegação e outras tecnologias na Terra.
Sistema de Navegação Inercial (INS)
Desenvolvido pela empresa brasileira Castro Leite Consultoria (CLC), o experimento tinha como objetivo validar um algoritmo de navegação, com potencial uso em futuras missões espaciais. Havia ainda outro dispositivo da mesma empresa, mas, segundo a FAB, por solicitação do fabricante, apenas dados de um dos experimentos foram compartilhados oficialmente.
Foguete que explodiu em Alcântara
O foguete sul-coreano HANBIT-Nano explodiu na noite desta segunda-feira (22), às 22h13, cerca de 50 segundos após decolar do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, no primeiro lançamento comercial realizado a partir do Brasil. O lançamento pôde ser visto a olho nu em Alcântara e em São Luís.
Durante a transmissão do lançamento, foi exibida uma mensagem em inglês, onde a equipe responsável relatou uma anomalia, ainda não identificada, durante o voo do foguete, que não era tripulado.
FAB emite nota sobre explosão de foguete
A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou, na noite desta segunda-feira (22), uma nota oficial sobre a explosão do foguete HANBIT-Nano, da empresa sul-coreana Innospace, ocorrida cerca de 50 segundos após a decolagem no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. De acordo com a FAB, o foguete apresentou uma anomalia, caiu e bateu no solo, logo após iniciar a sua trajetória vertical.
Equipes da FAB e do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao local onde o foguete caiu, dentro da área do CLA, para analisar os destroços e a área de colisão.
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