Troca de Ideia

PIB da Cultura no MA é de 0,38%, aponta Itaú Cultural

"Quando fazemos um recorte pensando no Maranhão, a Economia Criativa movimenta R$ 411 milhões", informa Jader Rosa, gerente do Observatório do Itaú Cultural.,

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 14/04/2023 às 22h51

Na edição dessa quarta-feira (12/4), do PLUGADO, na MIRANTE FM, o quadro TROCA DE IDEIA teve como convidados os jornalistas SAMARTONY MARTINS, VANESSA SERRA, além de JADER ROSA, gerente do OBSERVATÓRIO DO ITAÚ CULTURAL. Durante a conversa foram feitas avaliação da entrevista coletiva com EDUARDO SARON, presidente da Fundação ITAÚ CULTURAL e LEANDRO VALIATI, professor e pesquisador da Universidade de Manchester, no Reino Unido, e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sobre o PIB da Economia de Cultura e das Indústrias Criativas. Também foi feito um recorte do Maranhão neste estudo do PIB feito pelo OBSERVATÓRIO DO ITAÚ CULTURAL, baseado em dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Segundo JADER ROSA, a Economia Criativa movimentou R$ 411 milhões em 2020 no Maranhão, o que representa 0,38% do PIB da Economia do Estado.

- Hoje nós temos a afirmar que temos um PIB 3,11%. Isso representa R$ 233 bilhões o que geramos nesta economia. Destaque quais são os principais setores que alavancam esses indicadores: tem a tecnologia da informação com 50%, arquitetura com 29% e publicidade com 15%. Quando fazemos um recorte pensando no Maranhão, a Economia Criativa movimenta R$ 411 milhões, o que representa 0,8% do PIB da Economia do Maranhão contido com a Economia Criativa. É muito importante a gente ter todos esses dados pra se fazer análises comparadas, gerar evidências e amplificar o debate. Quando a gente olha como está Nordeste e o Maranhão sendo representado. Esses indicadores sempre usaram bases públicas da PNAD contínua e da RAS. Quando a gente esses indicadores fazendo uma desagregação no Nordeste, no Maranhão, a gente vê que a participação do Nordeste é de 17% dos trabalhadores que movimentam essa indústria. E no Maranhão é de 1,03%. E olhando nas empresas pegando os dados da RAS que saiu em 2021. São 130 mil empresas que nós temos e no Nordeste representa 14,2% e o Maranhão, 0,7%   É muito importante que a gente olhe esses dados pra que se veja as nossas potências e a gente se faz articulação no campo estadual, municipal e federal. E analisando os setores do Maranhão com maior participação em massa de lucro temos a tecnologia da informação com 34%, a publicidade com 23%, cinema, rádio, TV, com 20% e desenvolvimento de softwwares e jogos digitais com 7%. Enfim, esses são alguns dados, quem quiser compartilhar, saber mais, acesse a nossa plataforma disponível no site do Itaú Cultural - explica. 

Samatorny Martins, Vanessa Serra e Pedro Sobrinho, na sede do Itaú Cultural. Foto: Divulgação
Samatorny Martins, Vanessa Serra e Pedro Sobrinho, na sede do Itaú Cultural. Foto: Divulgação

Evento

O PIB da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas, foram celebrados EM dois momentos. Primeiro, numa entrevista coletiva presencial com 50 jornalistas do Brasil inteiro, com Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú, e Leandro Valiaty, professor e pesquisador da Universidade de Manchester, no Reino Unido, e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O outro momento foi em cerimônia que reuniu autoridades, dirigentes e líderes da área cultural em todo o Brasil. Os dois eventos aconteceram na sede do Itaú Cultural, na avenida Paulista.

Lançamento do PIB da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas, no Itaú Cultural. Foto: Ascom/Itaú Cultural
Lançamento do PIB da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas, no Itaú Cultural. Foto: Ascom/Itaú Cultural

Participaram da apresentação do PIB Cultural, que teve como mestre de cerimônias o ator Odilon Wagner, as seguintes personalidades: Eduardo Saron (presidente da Fundação Itaú), Marília Marton (secretária de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo), Aline Torres(secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo), Marcelo Queiroz (presidente da Comissão de Câmara dos Deputados), Fabrício Noronha (secretário de Cultura do Espirito Santo e presidente do Fórum Nacional de Secretários Dirigentes Estaduais de Cultura), Fabiano Píúba (secretário de Formação, Livro e Leitura do MINC), Leandro Valiati (coordenador do Núcleo de Estudos em Economia Criativa e da Cultura da URFGS e professorda Universidade de Manchester, no Reino Unido) e Cassius Antonio Rosa (secretário Executivo Adjunto do Ministério da Cultura).

Leandro Valiaty, coordenador do Núcleo de Estudos em Economia da Cultura da UFRGS, e  e Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú. Foto: Divulgação
Leandro Valiaty, coordenador do Núcleo de Estudos em Economia da Cultura da UFRGS, e  e Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú. Foto: Divulgação

Todas os participantes foram unânimes quanto à importância de dimensionar o potencial econômico do setor cultural para a partir daí estabelecer políticas públicas para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. O estudo considerou dados dos seguintes setores criativos: atividades artesanais; moda; editorial; cinema, rádio e TV; música; arquitetura; tecnologia da informação, desenvolvimento da softwares e jogos digitais; publicidade e serviços empresariais; design, artes cênicas, artes visuais (incluindo fotografia); museus e patrimônio.

Jornalistas de todo o Brasil na entrevista coletiva sobre o lançamento do PIB da Cultura e Indústrias Criativas. Foto: Divulgação
Jornalistas de todo o Brasil na entrevista coletiva sobre o lançamento do PIB da Cultura e Indústrias Criativas. Foto: Divulgação

A pesquisa levou aos seguintes resultados: o Brasil tem cerca de 7,4 milhões de trabalhadores da economia criativa (7% do total), mais de 130 mil empresas criativas (3,25% do total) e realizou cerca de US$ 3,5 bilhões de exportações liquidas de bens criativos (2,4% do total). Conforme a conclusão do estudo, o PIB da Economia da Cultura e da Indústria Criativa corresponde a 3,11% do PIB nacional, movimentando um montante de R$ 232 bilhões por ano (dados relativos ao ano de 2020). A participação da Cultura na economia nacional é expressiva, como demonstra a comparação com o setor automotivo, que contribui com 2,5% do PIB, e o da construção, com 4,06%.

Novos dados

Os dados de 2021 e de 2022, que vão refletir os impactos da Pandemia, porém, ainda, não foram divulgados porque aguardam atualização da base de dados do IBGE.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.