Troca de Ideia

Doralyce lança single Tão Bem e anuncia álbum Dassalu para junho

Além de falar da música e do projeto do disco, selecionado pelo Rumos Itaú Cultural, a cantora pernambucana rasgou elogios à cena feminina da música alternativa produzida no Maranhão.

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 16/05/2023 às 10h06

Na última sexta-feira, 12 de maio (sexta-feira), a cantora e compositora afrofuturista pernambucana, DORALYCE, conhecida como MISS BELEZA UNIVERSAL, lança, nas plataformas de streaming, o single Tão Bem. A música faz parte do quarto álbum da carreira da artista, DASSALU, previsto para ser lançado em junho, junto a um Manifesto. O projeto, contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2019-2020, contou, também, com o disco Dádiva, disponibilizado no ano passado.

Doralyce: Miss Beleza Universal e Embaixadora da Revolução Afetuosa e Afrocentrada. Foto: Divulgação/Instagram Doralyce
Doralyce: Miss Beleza Universal e Embaixadora da Revolução Afetuosa e Afrocentrada. Foto: Divulgação/Instagram Doralyce

Ao participar do quadro TROCA DE IDEIA, no PLUGADO, na MIRANTE FM, DORALYCE disse que a canção TÃO BEM nasce do encontro do R&B, pagotrap e pop.

- Fala sobre o início de uma paixão, cujo cenário são ligações demoradas, dias na praia, horas de conversa e a expectativade viver um grande amor, caso o encaixe aconteça. “Afeto é a base da nossa construção social e se abrir para o amor é novo para nós, mulheres pretas, nordestinas, parte da comunidade LGBTQIAPN+, fora do padrão - afirma DORALYCE.

A percussão da canção, criada na Bahia, é de Ícaro Sá, integrante do grupo BAIANASYSTEM a produção musical e beat é de Felipe Pomar; a direção musical e produção executiva da própria DORALYCE, mix e master de Ricardo Prado e distribuição do selo Colmeia 22 (Altafonte).

Ao fazer uma retrospectiva sobre sua passagem pelo Maranhão, em que esteve na CASA D´ARTE, na RAPOSA, na 7ª ZAFIEIRA, Doralyce definiu a vinda ao Maranhão como mágico e celebrativo. Para ela conhecer as artistas locais foi um presente. Cita os nomes de PANTERA BLACK, NÚBIA, ANASTÁCIA LIA. Destacou, ainda, a cantora CÁTIA DE FRANÇA

O evento reuniu muitas atividades e uma programação repleta de apresentações musicais, teatro, intervenções visuais, rodas de conversa, gastronomia, artesanato e das mais variadas ações sociocriativas, o projeto, iniciativa do Instituto Maranhão Sustentável com co-realização do Casa d'Arte Centro de Cultura.

Sobre a artista

DORALYCE é cantora, compositora e empresária à frente da Colmeia 22, produtora de música afrofuturista e etnopop, por onde lançou projetos de artistas, como Bia Ferreira, Bixarte, Luana Flores, Pacha Ana, Tyaro, Bruna BG, Grupo Bongar, Rúbia Divino, Vinicius Lezo, Abulidu e Júlia Tizumba, além dela própria.

Sua carreira musical começou aos três anos, mas foi a partir de 2016 que passou a ganhar destaque na cena, ocupando os palcos e usando o microfone com assertividade, a fim de propagar a revolução por meio do amor, da cura pela música e do movimento da vida relacionado à dança.

Ativista, traz para suas composições as causas que defende: afrofuturismo, afeto, a mulher, ancestralidade, liberdade dos corpos, autoconhecimento e emancipação.

Propaga aos quatros ventos que as pessoas podem rebolar o quadril com uma mão no joelho e a outra na consciência.

Pelo que representa, a artista foi tema de tese de doutorado, apresentada como expoente do Afrofuturismo na universidade de Northwestern, em Chicago, nos Estados Unidos.

Neste ano, DORALYCE foi a única cantora preta de Pernambuco a se apresentar no palco do Festival do Futuro.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.