Na manhã desta quarta-feira (22), o deputado federal Gastão Vieira, em entrevista à Rádio Mirante AM, no programa Ponto Final, da Rádio Mirante AM, falou sobre o novo Fundo de Desenvolvimento e Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb), aprovado na terça-feira (21), que além de tornar o fundo permanente, também eleva a participação da União no financiamento da educação.
O parlamentar se posicionou contrariamente à PEC e falou que com a aprovação da proposta fica mais difícil do texto sofre alterações no futuro. Apesar de ter sido voto vencido, Gastão disse que a sua intenção é ajudar.
"O Fundeb é uma construção muito complexa, e mais complexa fica ainda quando vai constitucionalizar aquilo que estava nas disposições transitórias da constituição. Então, mudar o que aprovamos ontem (22), que o senado deve aprovar, vai ser extremamente difícil. Essa era a minha primeira discordância com o projeto. Eu discordei muito, acho que fui a principal voz discordante, mas no sentido de ajudar, tanto que ao sentir que minhas ideias não seriam aceitas, eu reconheço, eu perdi democraticamente, então a partir de hoje vocês contem comigo, tanto que ontem eu votei integralmente para aprovação do relatório da Dorinha, apesar do governo ter introduzido mudanças no relatório dela", disse Gastão.
Entre os pontos que fez o deputado se posicionar contrário à proposta, foram as alterações do governo no texto-base, que segundo ele, são pegadinhas que irão judicializar o Fundeb.
"Com essas coisas que o governo colocou ontem. O governo fez de três a quatro alterações. Na verdade fez uma só como destaque, e fez três a relatora Dorinha acatou. Estão cheias de pegadinhas e cheia de motivos para serem judicializadas. Vai ficar 2,5% para apoiar municípios que queiram melhorar. Ai por exemplo, um município resolve eleger um prefeito bom que vai dizer: "olha, eu vou melhorar a educação". Então, se melhorar a educação, esse município vai ganhar um dinheiro do governo, dentro desses 2,5% . Então, o cara que tá ali do lado pergunta, qual foram os critérios para vocês dizerem que esse município melhorou mais que o meu, que tem direito a ganhar mais e eu não? Qual o caminho que a gente mais busca hoje? a Justiça", explicou.
Ouça a entrevista completa.
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