Ponto Final

"Governar a partir dos Conselhos Populares", diz Hertz Dias

O pré-candidato à prefeitura de São Luís criticou o tempo de televisão dados aos partidos envolvidos em escândalos e reforçou que o PSTU entra pensando em eleger seus candidatos.

Rádio Mirante AM

Atualizada em 27/03/2022 às 10h59
(Hertz Dias)

Nesta sexta-feira (28) o pré-candidato à prefeitura de São Luís, professor Hertz Dias, em entrevista ao programa Ponto Final, da Rádio Mirante AM, confirmou que será o candidato do PSTU no lugar de Saulo Arcangeli, anunciado anteriormente, mas que agora irá pleitear uma vaga na câmara de vereadores.

Na oportunidade Hertz Dias lembrou que o PSTU sempre esteve nas lutas, mas quando chega as eleições sofre com o pouco tempo de televisão, o que dificulta a disputa com os outros partidos. O professor também criticou tempo dado aos partidos envolvidos em escândalo, pois isso passa a mensagem de que devemos ser corruptos. Mas Hertz enfatiza que o PSTU quer vencer a eleição e eleger seus candidatos.

"Primeiro lugar, a eleição ela é um ponto de apoio para as lutas. Nós já tivemos dois vereadores inclusive. De 2012 a 2016. Uma professora, Amanda Gurgel, em Natal, e um operário em Belém do Pará. Inclusive é maranhense, que é o Kléber. Então na verdade é porque é o seguinte, o PSDB sempre está nas lutas, porque a luta é um espaço mais democrático. Quando chega no processo eleitoral o partido que está mais presente na luta é justamente aquele que não tem espaço para discutir os temas centrais que estão colocados. Tem ocupação de moradia, tem greve. Estava até comentando com Zeca Soares, que eu vim com essa camisa do Moto aqui, eu sou motense, mas estou torcendo para que o Sampaio ganhe da Ponte Preta, mas porque é em homenagem a Roberto Fernandes. Que ele foi a primeira pessoa que me entrevistou quando eu era professor da rede pública municipal, que ele chamava de bolsista, recebia meio salário mínimo. Nós fizemos uma greve. Foi a partir daí que teve o concurso público. Era mais da metade da categoria, era de professores que ele chamava de bolsista. Não era bolsista, eram com contratos precarizados. Eu estou falando isso porque desde a década de 90 a gente está dentro das principais greves e lutas, e quando chega para discutir educação, discutir saneamento básico, discutir o problema dos trabalhadores são aqueles que não aparecem nas lutas que aparecem como os paladinos da classe trabalhadora, porque a eleição não é democrática. Isso aqui é ditadura do capital, tanto é que a gente vai estar excluído dos debates. Nós somos o único partido no Brasil, talvez um dos poucos, que não foi citado por exemplo, em casos de corrupção. Odebrecht, OAS, etc. E aqueles que foram os mais citados, são os que têm mais tempo na televisão. O que o sistema eleitoral está dizendo? sejam corruptos! sejam eles que vocês vão ter espaço. E não, a gente não aceita um centavo dessas empresas. Então pelo fato da gente não aparecer num período de eleição, que às vezes a gente não consegue eleger nossos candidatos. Mas a gente quer, queremos eleger", disse.

O professor Hertz Dias afirmou que o seu objetivo, se eleito, é governar a partir de Conselhos Populares, para que as pessoas que fazem parte de determinada área, possam discutir o que é melhor para aquele setor, como na educação, em que os professores, alunos e os pais de alunos serão os responsáveis pela discussão.

"A gente quer governar a partir dos Conselhos Populares. É muito importante. Então o transporte coletivo, vai tirar essas empreiteiras de tudo quanto é serviço público, porque o serviço público não pode ser mercadoria. Então nós vamos recriar a Companhia Municipal de Transporte. Quem vai bancar o transporte público são as grandes empresas, os grandes empresários, não o contrário. Privatiza e quem banca, quem subsidia é a prefeitura. Na educação a mesma coisa, não vai ter negócio de secretário de educação, Conselho Popular de Educação. Quem vai discutir a política para educação são os professores, alunos e os pais de alunos. Pra moradia a mesma coisa, não vão precisar desses intelectuais aí da área, de engenheiro. Importante que tenha engenheiro da classe trabalhadora, mas quem vai decidir são os operários, e quem é sem teto e quem sente na pele o problema da moradia, ou seja, nós vamos governar a partir dos Conselhos Populares, em que cada um desses conselhos vão discutir as políticas que acham que é necessária para São Luís e vai acabar essa farra de transformar serviço público em mercadoria. Porque é um absurdo", concluiu.

Ouça a entrevista completa.

Saiba quem disputa as eleições em São Luís.

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