MARANHÃO - Após saber sobre a do Ministério da Saúde em realizar a recontagem do número de casos e mortos por Covid-19 no país, o secretário estadual de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, usou uma rede social para se manifestar sobre a decisão do Governo Federal.

A declaração do secretário estadual do Maranhão foi divulgada após o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgar uma nota, neste sábado (6), repudiando as declarações do empresário Carlos Wizard que é cotado para assumir um cargo estratégico no Ministério da Saúde.

O secretário estadual de saúde lamentou a postura do governo federal. Carlos Lula também aproveitou para dizer que os dados epidemiológicos divulgados pelos estados 'não são apenas notícias de jornal'. Ele afirmou que o novo coronavírus (Covid-19) 'não vai desaparecer se deixarmos de falar dela'.

"Essa informação é importante para não levar a uma compreensão equivocada dos dados que são publicados. E lamentamos a postura do Governo Federal em tentar esconder os dados da doença. Ela não vai desaparecer se deixarmos de falar dela. Os dados epidemiológicos não são apenas notícias de jornal. Eles são nosso guia para traçar as estratégias adequadas de enfrentamento da doença. No escuro, não há como combater", disse o secretário de saúde Carlos Lula.

Ele aproveitou para falar sobre a maneira com o a Secretaria Estadual de Saúde (SES) realiza a contagem e reforçou que os óbitos que aparecem no boletim epidemiológico não aconteceram, necessariamente, no mesmo dia de divulgação.

De acordo com Carlos Lula, isso é ocasionado pela alta demanda nos laboratórios de testagem para a doença no Estado.

O secretário estadual de saúde disse, também, que a revisão das mortes de Covbid-19 não tem como diminuir o número de casos no Estado, porém deve levar um aumento nos números já que os exames vão confirmar as óbitos pelo novo coronavírus (Covid-19) de maneira retroativa.

"Há, de fato, uma dúvida que tem se repetido durante a divulgação diária do nosso Boletim Epidemiológico. O mesmo acontece nos outros estados. Afinal, os óbitos que aparecem em cada edição do boletim aconteceram naquele dia? Não, gente! É por isso que uma “revisão” dos óbitos não tem como diminuir o número de ocorrências, muito pelo contrário. É provável que leve a um aumento de casos, uma vez que novos exames irão confirmar óbitos de maneira retroativa", explicou o secretário.

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