Meio Ambiente

Seminário ambiental realizado em Imperatriz aponta primeiros resultados

Será criado um comitê regional da Repam e fortalecidos os movimentos sociais.

João Rodrigues/ Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h25
Representantes de vários segmentos sociais e de várias dioceses do Maranhão participaram do seminário em Imperatriz.
Representantes de vários segmentos sociais e de várias dioceses do Maranhão participaram do seminário em Imperatriz. (Foto: Divulgação/ Assessoria)

IMPERATRIZ – Superaram as expectativas da coordenação em torno do Seminário “Os Desafios Ambientais da Amazônia”, realizado no Centro de Treinamento Anajás, na diocese de Imperatriz, nesse fim de semana. Ficou definido, por exemplo, que os participantes do evento vão dar maior visibilidade à Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) e criar um comitê local desta entidade.

Promovido pela Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Repam e Regional Nordeste 5 da CNBB, o evento atende a um documento do papa Francisco chamado de Laudato SÌ (Louvado Sejas), que pede atenção da igreja com o meio ambiente e populações tradicionais da Amazônia.

Do encontro participaram 120 dentre lideranças indígenas, sertanejos, ribeirinhos, quilombolas, pescadores, sociedade civil organizada e religiosos das dioceses de Viana, Grajaú, Carolina e Balsas.

Após três dias de discussões os participantes elaboraram um documentos denominado Carta Compromisso que apontou problemas e elencou ações a serem desenvolvidas. Dentre os desafios está a necessidade de frear o desmatamento da Amazônia e grandes projetos que prejudicariam populações tradicionais como pescadores, ribeirinhos, quilombolas e trabalhadores rurais.

“Refletindo à luz dos ensinamentos da Encíclica Laudato Sì do papa Francisco, nos damos conta da necessidade de unirmos forças na luta comum, apoiados nos diálogos entre as pastorais sociais e os movimentos dos povos tradicionais. Somos, em nossa maioria, os/as oprimidos/as e afetados pelos grandes empreendimentos desenvolvimentistas que privilegiam poucos”, diz um trecho do documento que prega a união dos movimentos sociais.

No documento diz que os movimentos sociais e a sociedade civil organizada tem o papel de cuidar do meio ambiente (vida), e dentro desse raciocínio, “denunciar” práticas devastadoras das fontes da Vida.

“Precisamos ter ciência de que não somos proprietários da natureza, generosamente doada para o bem viver em harmonia. Somos “peregrinos e passageiros” (LS, 67), outras gerações virão depois de nós. Faz-se necessário retomar e fortalecer o compromisso social da nossa Igreja, em sua missão profética, cultivando sempre a espiritualidade descrita na Laudato Sì. A Encíclica do Papa “deve chegar a todos que habitam este planeta” (LS, 03)”, diz outro trecho do documento.

Com a criação do comitê local ocorre a formalização da rede em defesa da Amazônia, que vem sendo criada a partir de Brasília.

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