Dignidade

Juízes realizam casamento comunitário em presídio de Davinópolis

Esse foi o primeiro casamento comunitário realizado dentro de uma unidade prisional na região.

Divulgação/CGJ-MA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h18
Os oito noivos que participaram do casamento comunitário fazem parte dos 129 internos que atualmente cumprem pena na Unidade Prisional de Davinópolis.
Os oito noivos que participaram do casamento comunitário fazem parte dos 129 internos que atualmente cumprem pena na Unidade Prisional de Davinópolis. (Foto: Divulgação)

DAVINÓPOLIS - Oito casais, formados por internos da Unidade Prisional do município de Davinópolis e suas companheiras, tiveram a união civil formalizada em cerimônia comunitária realizada nessa terça-feira (15), por cinco juízes da comarca de Imperatriz.

O casamento, que aconteceu nas dependências da unidade prisional, foi aberto pelo juiz Adolfo Pires da Fonseca, titular da 2ª Vara de Família e diretor do Fórum de Imperatriz, e contou com a participação do corregedor-geral da Justiça, desembargador Marcelo Carvalho Silva, e dos juízes Ana Beatriz Jorge de Carvalho, José Ribamar Serra, Daniela de Jesus Bonfim e Genivaldo Pereira da Silva.

Esse foi o primeiro casamento comunitário realizado dentro de uma unidade prisional na região, que reuniu familiares dos casais e autoridades ligadas ao sistema prisional dos municípios de Imperatriz e Davinópolis, contando com a parceria do Cartório do Ofício Único de Davinópolis.

O juiz Adolfo Pires da Fonseca ressaltou que a iniciativa buscou regularizar a situação civil dos casais, considerando que os internos não podem se deslocar do presídio, com o objetivo de cumprir o princípio da dignidade da pessoa humana, garantindo-lhes o direito ao casamento. “Pretendemos realizar outras cerimônias especiais e garantir a oportunidade aos casais interessados em formalizar suas uniões”, afirmou.

O corregedor-geral da Justiça, desembargador Marcelo Carvalho Silva, falou aos noivos que a iniciativa representou um momento importante para a democracia e o Poder Judiciário, em obediência ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, ao reconhecer o direito de pessoas que estão cumprindo pena pelos delitos que cometeram. “Este momento representa um ato de ressocialização e de reconhecimento pelo Estado aos recuperandos enquanto sujeitos de direito”, frisou.

Os noivos Sabrina Raira Silva e J.S., afirmaram estar emocionados por conseguirem realizar o sonho do casamento, ideia que já vinham planejando para quando o noivo cumprisse o total da pena. “Estamos muito felizes e agradecidos pela oportunidade”, disseram.

Os oito noivos que participaram do casamento comunitário fazem parte dos 129 internos que atualmente cumprem pena na Unidade Prisional de Davinópolis.

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