EUA - Cinco dos oito senadores brasileiros enviados aos Estados Unidos para negociar a revogação da tarifa de 50% sobre produtos do Brasil iniciaram a missão com uma reunião interna, neste sábado (26), em um hotel em Washington. Nenhum representante norte-americano participou do encontro.
Participaram da reunião os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Marcos Pontes (PL-SP), Tereza Cristina (PP-MS), Esperidião Amin (PP-SC) e Fernando Farias (MDB-AL).
Enquanto os senadores se organizavam, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um acordo com a União Europeia. A medida prevê tarifas de 15% para o bloco em troca de investimentos de US$ 600 bilhões, sendo US$ 150 bilhões destinados ao setor energético.
Segundo a assessoria de Nelsinho Trad, a comitiva brasileira busca “reabrir canais institucionais entre os legislativos do Brasil e dos EUA diante das barreiras tarifárias unilaterais que afetam setores estratégicos da economia brasileira”.
COMITIVA AINDA SEM ACESSO À ALTA CÚPULA
A delegação brasileira não tem reuniões confirmadas com integrantes do alto escalão do governo Trump. O primeiro dia útil da missão, segunda-feira (28), inclui um café da manhã com diplomatas brasileiros e encontros com empresários do setor privado norte-americano. Outros compromissos estão previstos, mas ainda não foram divulgados.
A embaixadora Maria Luiza Viotti, que acompanhará os senadores durante a estadia, não possui interlocução com a cúpula do atual governo norte-americano. A missão deve permanecer em Washington até quarta-feira (30), véspera da entrada em vigor das tarifas.
Os demais senadores da comitiva — Carlos Viana (Podemos-MG), Jaques Wagner (PT-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE) — chegaram aos Estados Unidos neste domingo (27) e se juntaram ao grupo.
A iniciativa foi criticada pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que afirmou que os senadores “não falam em nome do presidente Jair Bolsonaro” e classificou a missão como “fadada ao fracasso” por falta de legitimidade diplomática.
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