Eleições 2022

Deputados divergem sobre indicações para comissões na Assembleia Legislativa

Composição da CCJ está no centro do debate, que tem como pano de fundo disputa entre grupos de Carlos Brandão (PSDB) e Weverton Rocha (PDT).

Gilberto Léda

Atualizada em 26/03/2022 às 18h23
Deputados divergem sobre formação de blocos
Deputados divergem sobre formação de blocos (Foto: Agência Assembleia)

SÃO LUÍS - A disputa por espaços entre os grupos do senador Weverton Rocha (PDT) e do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), na Assembleia Legislativa, ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (9).

Apesar de ainda estar no PDT, o deputado Rafael Leitoa é aliado do tucano, e reclamou da distribuição de vagas nas comissões da Casa.

O centro do debate é a formação da nova Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), atualmente comandada por Márcio Honaiser (PDT), aliado do senador pedetista.

“A Mesa Diretora não obedeceu os trâmites regimentais e publicou uma resolução administrativa nomeando a Comissão e Constituição e Justiça com membros de blocos que não têm direito àquelas vagas”, disse Leitoa, ao anunciar o protocolo de um requerimento contestando a escolha.

Segundo ele, as mudanças de partidos entre blocos – o PDT e o PTB, por exemplo, saíram do Bloco Unidos pelo Maranhão para o Bloco Parlamentar Democrático – são válidas, mas a readequação de forças para definição proporcional de vagas nas comissão não deveria valer para 2022, apenas para 2023, uma vez que as trocas foram efetivadas já neste ano.

Leitoa acrescentou que o presidente da CCJ na sessão legislativa passada, Adelmo Soares (PCdoB), era quem deveria convocar a eleição para a nova composição do colegiado.

“O deputado Adelmo sequer foi comunicado dessa eleição. Os deputados que fizeram esta eleição sequer foram convocados”, completou.

Ofícios - O deputado Neto Evangelista (União Brasil) rebateu os argumentos de Rafael Leitoa. Segundo ele, os ofícios dos parlamentares solicitando mudanças de blocos são do dia 1º de fevereiro, um dia antes do início da sessão legislativa de 2022, que só ocorreu no dia 2.

“O ano legislativo não segue o calendário do ano natural”, explicou. E completou: “O deputado Rafael Leitoa utilizou do Diário Oficial do dia 3 de fevereiro para dizer que foi publicado já na sessão legislativa subsequente. Mas os ofícios dos parlamentares são do dia 1º de fevereiro, a vontade parlamentar ela surgiu dia 1º de fevereiro, na sessão legislativa anterior”.

Além deles, comentaram o assunto os deputados Zé Inácio (PT) e Duarte Júnior (PSB).

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