Dor e revolta

Idoso levado em maca pela rua até hospital é sepultado

Família aponta negligência médica no Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Luís.

Imirante.com, com informações da TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 11h14
João Espíndola morreu em São Luís.
João Espíndola morreu em São Luís. (Foto: Arquivo Pessoal)

SÃO LUÍS - Foi enterrado na manhã dessa quinta-feira (24), no município de Urbano Santos, o corpo do idoso João Espíndola que morreu, segundo a família, após negligência médica no Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Luís.

Veja: Desesperada, filha carrega pai idoso em maca pela rua, em busca de socorro

Dor e revolta marcaram o velório e sepultamento do idoso. Ele tinha complicações de uma diabetes e chegou a ter uma perna amputada. Após parada cardíaca, seu João não resistiu. Segundo a filha dele, Franciene Espíndola, não havia aparelhos no hospital para prestar o devido atendimento ao paciente.

Em entrevista à TV Mirante, o provedor da Santa Casa, Abdon Murad, afirmou que havia médicos e que João Espíndola foi atendido no hospital. A Secretaria Municipal de Saúde negou que o idoso tenha morrido no Socorrão I. A alegação é que ele já veio da Santa Casa sem vida.

Entenda

O paciente, que veio de Urbanos Santos para a capital, deu entrada na quinta-feira (17) no Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), no Centro de São Luís. Lá ficou internado no corredor até quando conseguiu uma transferência, no domingo (20), para o Hospital Santa Casa de Misericórdia, que fica nas proximidades.

Na segunda-feira (21), ele retornou ao Socorrão I, onde foi realizado um procedimento cirúrgico, em que amputou uma perna, e retornou à Santa Casa no mesmo dia. Porém, após sofrer uma parada cardíaca, a filha dele Franciene Espíndola procurou atendimento, mas não conseguiu. Em uma atitude de desespero, ela tentou com todas as suas forças lutar pela vida do pai, que sofria em uma maca e necessitava de oxigênio.

Franciane resolveu empurrar a maca com pai pela rua do Norte em direção ao Socorrão I, na esperança de encontrar um médico e equipamento para socorrer seu pai João Espíndola. Com a ajuda de outras pessoas que também estavam pelo local ela conseguiu chegar ao Socorrão I com o pai, que morreu naquela noite da terça-feira (22).

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