Crítica

Dino diz que desfile é um ato que não pode ficar impune

Governador do Maranhão criticou ato militar em Brasília, no mesmo dia da votação, na Câmara, do voto impresso

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Governador Flávio Dino criticou ato militar realizado em Brasília
Governador Flávio Dino criticou ato militar realizado em Brasília (Flávio Dino)

O governador Flávio Dino (PSB) se posicionou contrário ao desfile militar da Marinha do Brasil, no mesmo dia da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso na Câmara Federal.

O socialista repudiou o ato e disse que a "ameaça" não pode ficar impune pela Justiça.

“Em 1964, parlamentares do centrão da época e da direita acharamque tanques não mexeriam com eles. Entraram nas primeiras listas de cassação dos mandatos. Vários morreram no exílio ou com direitos políticos suspensos. Essa vil ameaça de hoje não pode ficar impune”, disse.

Flávio Dino já havia criticado o desfile militar na segunda-feira, quando a imprensa nacional abordou o tema. Ele afirmou tratar-se da entrega de correspondência mais cara da história: “um desfile militar para entregar um mero convite ao presidente da República. O pretexto é tão absurdo quanto o fato”, completou.

Nota

No início da tarde de ontem, nove partidos políticos divulgaram uma nota de repúdio ao desfile militar. Para as legendas, diante das sucessivas acusações do presidente Jair Bolsonaro contra os Poderes e da votação do projeto do "voto impresso", "o desfile é uma clara tentativa de constrangimento ao Congresso Nacional".

"Estranhamente, e diferente das edições anteriores, é a primeira vez que o convite é feito com um ostensivo e desnecessário desfile de blindados militares, injustificável e reprovável por várias razões de interesse sanitário público", declara a nota.

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