Opinião

Alerta da disseminação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

Final de semana chegando e o cenário previsto é de mais aglomerações em diversas atividades, sejam econômicas e sociais, em São Luís, que registra curva epidemiológica de vítimas da pandemia de Covid-19 em queda. Mas não faltam alertas nos veículos de imprensa do país sobre um novo temor que está se espalhando: a variante Delta do coronavírus - a mutação, mais transmissível que a cepa original, que já atinge alguns países, que repensam suas estratégias de relaxamento de medidas de controle.

A cada dia as pessoas são encorajadas a mudar sua perspectiva da pandemia e manter uma vida normal. Desde a segunda quinzena de abril as mortes estão recuando. A média diária está em 942 mortos a cada um dos últimos sete dias, menor número desde 14 de janeiro. Em relação aos casos, a mesma tendência é observada. Com média móvel em 33.821, o indicador é o menor desde o dia 27 de novembro de 2020, período anterior ao início da chamada “segunda onda”, que foi o período mais letal da Covid-19 até agora.

As estratégias de saída da pandemia talvez sejam prematuras. O surgimento de variantes mais transmissíveis significa que mesmo os países ricos com vacinas abundantes permanecem vulneráveis. O alerta vale muito para o Brasil, que tem uma vacinação ainda lenta, embora registre, no momento, significativa queda em números de internações e óbitos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que falta muito até que o mundo tenha a Covid-19 sob controle e que o fim de medidas de isolamento social e do uso de máscaras, aliado ao avanço da variante delta, pode prejudicar os avanços alcançados com as vacinas. No Brasil, São Paulo, Maranhão, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro já identificaram transmissão comunitária da nova cepa viral. No entanto, estudos de identificação genética do coronavírus são pouco profundos no Brasil, o que mascara a realidade da disseminação.

Segundo especialistas, infecções pela Delta são mais raras em pessoas vacinadas. Mas, quando isso ocorre, a transmissão do vírus é tão alta quanto nos níveis de pessoas não imunizadas. O alerta, portanto, recai sobre os riscos de a Delta causar mais hospitalizações e mortes entre não vacinados, em especial quando pessoas já imunizadas pegarem o vírus e passarem adiante. Por isso, é recomendável que o governo oriente a população sobre as chances de pessoas vacinadas infectarem quem não recebeu nenhum imunizante.

E para fechar, uma boa informação: o Ministério Público do Maranhão recomendou a retirada da publicidade de uma marca de cachaça de todos os outdoors exibidos em São Luís no prazo de 15 dias. A veiculação da imagem de uma modelo com traje de banho, com a mensagem “Ela vai com tudo” é uma publicidade abusiva, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.

O Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (Conar), que trata sobre as normas éticas publicitárias das bebidas alcoólicas, adota o princípio do consumo com responsabilidade social, determinando que eventuais apelos à sensualidade não devem constituir o principal conteúdo da mensagem e que “modelos publicitários jamais devem ser tratados como objeto sexual”.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.