Opinião

Flexibilização com segurança

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

Há uma sensação de que a vida voltou ao normal com a flexibilização das medidas restritivas que tinham sido impostas por conta da pandemia de Covid-19. O clima de apreensão e medo, ao que parece, já não é mais aquele de alguns meses passados, quando era muita alta a taxa de internações em UTIs e de óbitos no Maranhão. O pesadelo ainda não chegou ao fim e continuam as recomendações para o uso de máscara e gel antisséptico nas mãos e, se possível, evitar as aglomerações.

Por muito tempo, o maranhense ficou privado de algumas opções de lazer e desde ontem, 21, os teatros e cinemas, entre outras atividades, estão liberados para receber o público. Essa “abertura”, anunciada pelo governador Flávio Dino, ocorre em razão da queda nas taxas de contágio do coronavírus - que despencou após a imunização em massa. Atualmente, os encontros coletivos começam a se tornar mais seguros.

A tese do presidente Bolsonaro de que as pessoas vacinadas já poderiam deixar de usar a máscara é bastante equivocada, segundo a ciência. Hoje, com a imunização, a pessoa tem proteção para evitar casos graves da covid-19, mas ela ainda está suscetível a contrair o vírus — e, consequentemente, a transmiti-lo. É aí que a máscara se mostra tão importante quanto a vacina para brecar o avanço do vírus de forma mais rápida. Portanto, os cuidados devem continuar.

Mesmo com a vacinação em ritmo ainda não satisfatório, a imunização contra a Covid-19 já evitou entre 40 mil e 55 mil mortes pela doença no Brasil, segundo projeções. O Ministério da Saúde aponta que apenas 16% dos brasileiros já tomaram as duas doses. No total, o país já tem 544 mil vítimas do coronavírus, a segunda nação com mais óbitos no mundo. Consta ainda que houve queda entre 96 mil e 117 mil nas internações pela infecção.

Para o pesquisador da Fiocruz, Marcelo Gomes, especialista em saúde pública, os números reforçam e ilustram de forma mais palpável a eficácia das vacinas. E mais: mostram como a vacinação faz toda a diferença na redução de casos graves e mortes e o quanto é importante voltar para tomar a segunda dose. A vacina não impede o contágio, mas protege contra formas severas da doença. Há casos de infecções e reinfecções entre pessoas já imunizadas, mas a tendência é de não haver agravamento. O cenário de transmissão do vírus ainda é preocupante, considerando o volume de casos graves e mortes que ainda é muito alto.

E já que existe um clima de maior segurança contra a Covid-19, o governo do Maranhão autorizou a volta das aulas presenciais – suspensas em março devido ao agravamento da pandemia - na rede estadual de ensino, a partir de agosto. O retorno será em sistema híbrido. A retomada será progressiva, de acordo com o tamanho de cada escola. Segundo o governador Flávio Dino, a medida é possível devido a conclusão da vacinação dos profissionais da educação. As escolas das redes municipais dependem da autorização da gestão de cada cidade.

O Maranhão realiza campanhas de sorteios de prêmios em dinheiro para aqueles que tomaram a segunda dose da vacina. Dos 217 municípios do Maranhão, 145 estão com alta produtividade na vacinação. No entanto, 72 cidades estão no patamar mais baixo de aplicação e, por isso, não devem receber novas doses enquanto não aplicarem o estoque disponível.

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