São Luís – A obra “Bumba Meu Boi do Maranhão – Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade”, celebra com mais de 100 fotos de Márcio Vasconcelos, que é autor do projeto, textos do poeta Celso Borges, ilustrações de Cláudio Vasconcelos e projeto gráfico do designer Maurício Vasconcelos, a importância do título concedido pela Unesco em dezembro de 2019.
Além de fotos dos principais responsáveis por essa grande manifestação popular, principalmente seus amos e cantadores, entre eles Humberto de Maracanã, Leonardo, João Câncio, Coxinho e Chiador, o livro conta a história do boi, sua origem, principais grupos, sotaques e cantadores, além da importância do título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade para o futuro da brincadeira e do turismo cultural.
“Logo que eu soube desse resultado [o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade], eu me animei a fazer um trabalho, um material que celebrasse esse título. Então, como estávamos entrando na pandemia, me tranquei em casa, mas como eu já vinha fotografando, documentando as manifestações da cultura popular e, principalmente, do Bumba Meu Boi do Maranhão, eu tive a ideia de revisitar todo o meu arquivo que contém esse tema”, esclareceu Márcio Vasconcelos, em entrevista para O Estado.
O fotógrafo, que registra essa cultura há mais 20 anos, possui um arquivo muito grande, inclusive, no livro as fotos são de 2005 até 2020, são 15 anos de fotografia só na obra. A ideia era fazer uma exposição e um livro comemorativo desse título, e de imediato eu precisaria de um texto que 'bordasse' todo esse material”, ressaltou Márcio.
Textos
Foi a partir da necessidade do fotógrafo Márcio Vasconcelos, que veio o convite para o poeta Celso Borges – que escreveu os textos para o projeto. Ele também conversou com o Estado e explicou como foi o fluxo criativo para criar as poesias do livro.
“Minha vivência no Bumba Meu Boi é de observador daquele teatro maravilhoso. Eu nasci ali no centro da cidade, na rua da paz, naquela época tinha o largo de São João, acho que hoje também ainda tem, então me lembro de acordar nas madrugadas, eu era criança, e via aqueles batalhões, batuques maravilhosos do Boi, é uma lembrança muito forte”, relembrou Celso.
Outra lembrança forte para o poeta, é a do Boi Brejeiro de Dona Camélia, mãe do compositor Chico Maranhão. “Era um boizinho infantil e meus irmãos brincaram ali, nos anos 60, e eu era bem pequeno e lembro deles chegando das apresentações”, elencou.
Além dessas fortes memórias afetivas, Celso sempre acompanhou o Bumba Meu Boi do Maranhão, não só nos arraiás, mas também nos terreiros.
De forma geral, o texto, assinado pelo poeta, é entremeado por trechos de várias toadas que marcaram o São João maranhense nos últimos 50 anos e a opinião de estudiosos do Bumba Boi.
SAIBA MAIS
Apoio da EMAP
“Bumba Meu Boi do Maranhão – Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade”, contou com o patrocínio da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), e está à venda nas principais livrarias de São Luís.
Inicialmente, o projeto previa um grande lançamento presencial com a participação de brincantes e personagens do Bumba Meu Boi, mas, por causa da pandemia, o evento foi adiado.
Livro Bumba Meu Boi
Saiba Mais
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