Inclusão

Estímulo, aprendizagem e educação inclusiva

Inaugurado em meio à pandemia de Covid-19, o Instituto Diante de Todos também atua como suporte na aprendizagem; espaço recebe todos os públicos, mas tem enfoque em pessoas com deficiência intelectual

Kethlen Mata/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Estímulo e suporte para dar autonomia, com o apoio emocional necessário
Estímulo e suporte para dar autonomia, com o apoio emocional necessário

São Luís – Como forma de atender as necessidades de pessoas com deficiência de forma humanizada e terapêutica, o Instituto Diante de Todos abriu suas portas em maio de 2020 e conseguiu sobreviver durante uma pandemia. No espaço, crianças, jovens e adultos podem aprender e socializar de uma maneira diferenciada, por meio da música, teatro e vários outros estímulos.

Com o distanciamento social, a educação sofreu muitas mudanças, como adoção do modelo de ensino remoto – uma alternativa viável no momento atual – a falta de interação com o próximo ficou restrita ao núcleo familiar, no entanto, para crianças e, principalmente, para aquelas com deficiência, essa falta foi maior. É nessa carência que o instituto tem trabalhado e se mobilizado para atender seu público.

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“Nosso instituto também tem como proposta atender e dar suporte educacional e comportamental. Hoje, temos um número de crianças e jovens que ficaram, nesse momento de distanciamento, sem socializar, e sofreram um processo de ansiedade muito grande, então temos este reforço de prejuízo educacional, causado pela pandemia”, esclareceu a pedagoga e diretora do instituto, Alana Penha.

Localizado na Avenida Sambaquis, no Calhau, o espaço conta com uma estrutura voltada para atender de forma personalizada cada pessoa. Assim, cada sala da instituição visa desenvolver uma ou mais habilidades, como as musicais, culinárias, criativas e tecnológicas, sensoriais, teatrais e cognitivas.

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Atendimento personalizado
O Instituto Diante de Todos conta com atendimento personalizado, pensado de acordo com a necessidade de cada indivíduo. O aluno passa por triagem, para definição da melhor rotina e de quais habilidades devem ser desenvolvidas.

Um exemplo é a sala de desenvolvimento teatral. A diretora Alana Penha conta que o ambiente estimula a expressão emocional das pessoas com deficiência. “Muitos só gritam, ou choram, então não conseguem expressar suas dificuldades. Nós trabalhamos muito essa questão da expressão, e também da oralidade, desenvolvemos e estimulamos. Tudo é um processo”, frisou.

Outro local de desenvolvimento é a sala de cozinha, onde o aluno recebe estímulos sensoriais que ajudam em uma recepção melhor de alimentos, ou seja, crianças que não costumam comer determinadas frutas passam por um processo que as estimula aos poucos a consumirem os alimentos que antes não aceitavam.

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“Primeiro, trabalhamos a questão de eles colocarem a mão na massa, construírem, para poderem ir se estimulando a introduzir o alimento na boca. No primeiro contato, eles vão somente pegar; no segundo contato, só vão cheirar e, no terceiro, fazemos a tentativa de eles colocarem na boca”, destacou.

SAIBA MAIS

Regras Sanitárias

Um ponto frisado pela diretora do instituto, é que muitos pais ainda têm receio da volta às aulas, por causa do coronavírus. No entanto, é importante ressaltar o cuidado com os protocolos sanitários. No Instituto, há avisos sobre a doença, fixados em pontos estratégicos, a disponibilização de dispensers com álcool em gel e pias para a lavagem das mãos. A sala de desenvolvimento de habilidades sensoriais – que é um ambiente onde os frequentadores têm muito contato com os objetos – é higienizada a cada atendimento. “No momento de entrar, não pode usar sapatos, até porque tudo é muito individual. A utilização da sala com o profissional é feita seguindo todos os recursos de segurança”, explicou Alana Penha.

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