São Luís – De acordo com o último relatório de balneabilidade das praias de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, publicado no dia 28 de janeiro, 63,6% das praias estão impróprias para banho. De acordo com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), foram analisados 22 pontos de praias ao longo da Grande Ilha.

Apesar da maioria dos pontos estarem impróprios, o relatório apresentou melhora em relação da semana anterior (20 de janeiro), no qual 77% das praias estavam com balneabilidade imprópria.

A coleta é referente ao período de 28 de dezembro de 2020 a 25 de janeiro, e é analisada obedecendo aos padrões estabelecidos na Resolução Conama 274/2000. Pela metodologia internacional utilizada, são feitas cinco leituras semanais, sempre aos domingos e na maré baixa. Se dessas cinco coletas semanais, quatro amostras estiverem favoráveis, significa que aquela praia está favorável para banho. O laudo mais recente, por essa lógica, está refletindo, na verdade, as alterações no decorrer do mês de dezembro.

Uma praia é considerada imprópria para banho quando são identificadas densidades superiores a 100 unidades de colônias desta bactéria para cada 100 mililitros de água (100 UFC/100 ml) em duas ou mais amostras dentro de um conjunto de cinco semanas. Ou ainda valor superior a 400 unidades desta colônia na última amostragem. A presença da quantidade destes organismos além do limite estabelecido é motivada por uma série de fatores.

Uma das principais causas da poluição dos mares é a presença de esgotos, chuvas e desaguamento de rios, por isso, a Sema também realiza monitoramento periódico dos rios de São Luís e envia os dados coletados à Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) para apurar as causas dos despejos irregulares de esgoto e tomar as providências cabíveis. Assim como a BRK Ambiental nos municípios de São José de Ribamar e Paço do Lumiar.

A Sema informou, por meio de nota, que vem realizando ações para caracterização de novas placas de sinalização, coletas de dados e amostras em ponto de lançamento de efluentes, além de ações de educação ambiental nas praias, que visam conscientizar ambulantes, donos de bares e banhistas, quanto à poluição gerada nas praias.

Período chuvoso
De acordo com alguns cientistas ambientais, um dos fatores que podem comprometer a balneabilidade das praias da região metropolitana de São Luís, é o período chuvoso, pois a ocorrência de chuvas influencia negativamente na qualidade das águas das praias, considerando que acontece maior carreamento de matéria orgânica oriunda da lavagem das vias públicas para os rios e, consequentemente, para os mares. O recomendado é que na ocorrência de chuvas, evita-se a recreação nas 24h que as sucederem.

A O Estado em novembro, o cientista ambiental Márcio Vaz disse que, ao longo dos anos, o próprio padrão geral de análise de balneabilidade sofreu variações. “Houve anos em que, mesmo na estação seca, as praias continuaram impróprias. Logo, há diversos outros fatores correlacionados, como as peculiaridades da região e das praias, problemas na rede de coleta de esgoto e a dinâmica oceanográfica das praias, por exemplo. Sendo assim, não daria para explicar, pontualmente, o fato de determinadas praias de São Luís estarem próprias esta semana”, frisou.

SAIBA MAIS

Hoje, oito pontos estão livres para os banhistas, são eles:

• Praia Ponta do Farol, São Luís, em frente ao Farol e Forte de São Marcos;
• Praia do Meio, São José de Ribamar, próximo ao Kacthus Bar e Restaurante;
• Praia do Araçagi São, José de Ribamar, em frente à rampa principal de acesso à praia;
• Praia do Araçagi São, José de Ribamar, em frente ao Bar da Atalaia;
• Praia do Araçagi, Paço do Lumiar, lado direito do Rio Urucutiua, em frente ao Bar e Restaurante Rainha;
• Praia do Araçagy, Paço do Lumiar, em frente ao Las Vegas Bar e Restaurante;
• Praia Olho de Porco, Raposa, última Barraca antes da foz do igarapé do Mangue seco/Olho de Porco;
• Praia do Mangue Seco, Raposa, em frente à Biblioteca do Caranguejo próximo as barracas da Val e do Sr. Pedro.

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