Na Suprema Corte

Plano de Trump para tirar imigrantes de censo dos EUA enfrenta resistência

O levantamento é usado para definir o número de assentos no Congresso e a distribuição dos distritos nas próximas eleições norte-americanas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Fachada da Suprema Corte dos EUA em Washington, em foto de 2 de julho de 2020
Fachada da Suprema Corte dos EUA em Washington, em foto de 2 de julho de 2020 (Fachada da Suprema Corte dos EUA)

WASHINGTON - A Suprema Corte dos Estados Unidos se mostrou relutante em aceitar uma proposta do governo Donald Trump para excluir os imigrantes ilegais do censo deste ano. É a partir deste levantamento que o país define a distribuição de seus distritos eleitorais e o número de assentos no Congresso.

A corte, que tem maioria conservadora, não chegou a uma decisão sobre o tema na segunda-feira,30, frustrando as expectativas dos republicanos, que esperavam uma vitória rápida. Durante a audiência, vários juízes questionaram o plano.

"Não sabemos quantos estrangeiros serão excluídos, não sabemos qual o efeito que isso terá na distribuição", disse o presidente da Suprema Corte, o conservador John Roberts. "Todas estas questões serão resolvidas se esperarmos."

Proposta prematura

Para a maioria da casa, a proposta é prematura. Um dos principais obstáculos foi a incerteza sobre o método que o governo usará para calcular o número de imigrantes. Além disso, pesou o atraso na entrega dos resultados, que está previsto para o fim deste ano.

A proposta de Trump também enfrentou resistência em diversos tribunais regionais, encabeçado pelo de Nova York. Além deles, outras administrações locais e grupos de defesa dos direitos humanos questionam a exclusão dos imigrantes sem documentos.

O principal argumento contrário à proposta do republicano é o de que a decisão possa excluir milhões de residentes. Sem essa contagem, estados muito populosos, como a Califórnia, o Texas e Nova Jersey, perderiam distritos eleitorais e assentos na Câmara dos Representantes.

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