Estadista

José Sarney protagoniza encontro histórico entre presidentes do Brasil e Argentina

Por intermédio do ex-presidente, pela 1ª vez Jair Bolsonaro e Alberto Fernández acenaram para a diplomacia

José Linhares Jr

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
José Sarney foi o primeiro presidente brasileiro a defender a integração econômica entre os dois países
José Sarney foi o primeiro presidente brasileiro a defender a integração econômica entre os dois países (José Sarney)

BRASÍLIA — O ex-presidente José Sarney intermediou uma cena histórica para a diplomacia brasileira. Por intermédio dele os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e da Argentina, Alberto Fernández, conversaram nesta pela primeira vez desde a eleição do argentino, há pouco mais de um ano. Os dois possuem um histórico de beligerância.

Jair Bolsonaro estava no Palácio da Alvorada, acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do secretário de Assuntos Estratégicos, Flávio Rocha. Já Sarney participou da sua casa. A conversa durou cerca de 45 minutos.

O diálogo aconteceu em pleno Dia da Amizade Argentino-Brasileiro, data que marca o encontro entre Sarney e os ex-presidente argentino Raúl Alfonsín em Foz de Iguaçu, em 30 de novembro de 1985.

O encontro entre Sarney e Alfonsín difundiu a ideia da integração econômica e política do Cone Sul, conforme os dois países deixavam para trás seus períodos ditatoriais. O encontro é considerado um primeiro passo importante para a fundação do Mercosul.

Alberto Fernández disse na reunião que é o momento de "abandonar diferenças do passado e encarar o futuro com as ferramentas que funcionem bem entre nós". O presidente argentino defendeu uma cooperação na área ambiental, um ponto que pode causar atrito com o Brasil.

Já o presidente Bolsonaro disse que as Forças Armadas dos dois países tem uma "integração excelente" e defendeu parcerias contra o narcotráfico e outros tipos de crimes transcionais. O brasileiro ainda ressaltou que o Mercosul "é nosso principal piar de integração", mas pediu uma reforma para tornar o bloco "mais ágil e menos burocrático".

Antes da reunião, o chanceler argentino, Felipe Sóla, destacou a data em sua conta no Twitter. "Os governos mudam, mas a amizade entre Argentina e Brasil é indestrutível", escreveu.

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