Paula Viana Goulart , diretora geral do Cemitério Jardim da Paz

Trabalho e amor para diminuir a saudade

Ela coordena uma equipe formada por 150 colaboradores, todos engajados na missão de acolher as famílias em um momento de dor

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
(paula viana)

SÃO LUÍS - Há dez anos à frente da Diretoria Geral do Cemitério Jardim da Paz, a advogada Paula Viana Goulart, que foi assessora jurídica da Promotoria de Defesa do Consumidor, também por uma década, conta que o período de pandemia em decorrência do novo coronavírus resultou em trabalho redobrado para a empresa.
“Nós sentimos um aumento a partir do mês de março. No entanto, o pico foi durante o mês de abril. Naquele mês, nossos atendimentos aumentaram em cinco vezes. Tanto que fomos obrigados a contratar mais gente de última hora”, revela.
Ela diz que a maior dificuldade encontrada foi, sem dúvida alguma, o medo do contágio pela doença. “Nós ficamos com muito receio de nossos funcionários contraírem a doença, pelo fato de que faltava equipamentos de proteção individual no mercado local e passamos a ter escassez para a reposição do nosso estoque”, detalha.

Segundo Paula Viana Goulart, a principal missão da empresa é acolher as famílias em um momento de dor e saudade. “Fazemos tudo com amor e carinho, pois é um momento muito difícil e delicado, pois se trata da perda de um ente querido. Investimos alto em treinamento de nossa equipe, com oficinas de sensibilização, para termos, de verdade, um atendimento humanizado. Construímos, inclusive, um salão de homenagens e criamos um setor específico de cerimonial, para podermos ritualizar, da melhor forma possível, o momento da despedida, homenageando a vida da pessoa que partiu”.

A diretora geral do Cemitério Jardim da Paz teve, inclusive, a ideia de realizar eventos em datas especiais, como Dia de Finados, Dia das Mães e Dia dos Pais, com música, coral e teatro, tudo de modo a preservar a memória daqueles que deixaram saudade. Ela coordena, atualmente, uma equipe composta por 150 colaboradores.

“Acredito que o nosso capital humano é quem nos faz nos destacarmos entre as demais empresas do ramo. Nós temos uma equipe muito dedicada e comprometida com a nossa missão institucional. Além disso, somos completos na prestação desses serviços, pois temos funerária, cemitério, crematório, floricultura e laboratório de tanatopraxia”, afirma.

Luto pela vida
A diretora destaca o projeto “Luto pela vida”, coordenado pela psicóloga Clarissa Pires. Trata-se de um grupo psicoterapêutico de suporte a famílias que estão vivenciando o processo de luto pela perda de seus entes queridos. Os principais objetivos são proporcionar apoio mútuo, trocar informações e experiências e fortalecer o lado emocional.

“Nós temos, também, o plantão de acolhimento psicológico, criado durante a pandemia e que consiste em um canal telefônico com psicólogas, voltado ao atendimento de nossos funcionários e de apoio àqueles que estão encontrando dificuldades de lidar com a perda de seus familiares. Em breve, teremos um novo espaço, no Centro de São Luís, em frente ao Ginásio Costa Rodrigues, dedicado, especialmente, ao ‘Luto pela Vida’”, antecipa.

Paula diz que se sente extremamente honrada e feliz por estar à frente de uma empresa familiar, maranhense, fundada e idealizada pelo seu pai, Sylvino Goulart (já falecido), em 1986. “Esperamos poder sempre contribuir com a sociedade maranhense, com responsabilidade socioambiental e geração de emprego e renda”, finaliza.

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