Bolsonaro diz na ONU ser vítima de ''campanha brutal de desinformação'' sobre queimadas
Presidente voltou a minimizar as queimadas na Amazônia e Pantanal, defendendo a política ambiental brasileira; ele iniciou também seu discurso culpando o Judiciário, governadores e imprensa pela crise econômica durante a pandemia
Brasília – Com o discurso na abertura da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) realizado nesta terça-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o Brasil é vítima de uma campanha de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal, chamando os interesses de antipatrióticos.
Destacando a produção agrícola no Brasil, o presidente pôs a culpa das queimadas no meio ambiente e no clima seco, afirmando que focos criminosos são combatidos pelo governo. A política climática do governo brasileiro é alvo de críticas internacionais e poderá ser um empecilho para a assinatura de um acordo entre a União Europeia e o Mercosul, como já indicou o governo francês. Bolsonaro culpou ainda a Venezuela derramamento de óleo na costa do nordeste em 2019.
Pandemia
Ao iniciar seu discurso, o presidente também que havia duas razões para se preocupar, o vírus e o desemprego. Defendendo sua criticada resposta à pandemia, Bolsonaro chamou atenção para o auxílio emergencial do governo brasileiro para os mais pobres e para os mais pobres. O presidente ainda criticou o judiciário, os governadores e a imprensa pela postura adotada durante a pandemia do coronavírus, afirmando que houve uma “politização” do vírus.
“Quero lamentar cada morte ocorrida. Desde o princípio alertei que tínhamos dois problemas: o vírus e o desemprego, e que os dois deveriam ser tratados simultaneamente. Por decisão judicial, as orientações de isolamento e liberdade foram delegadas aos estados. Segmentos da imprensa politizaram o vírus espalhando pânico no país com o discurso do ‘fique em casa'”, criticou o presidente.
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