São Luís - As transgressões estéticas elaboradas pelo professor Luiz Pazzini, que faleceu em março deste ano em decorrência da Covid-19, são o foco de um debate artístico que ocorre hoje, às 17h, pelas redes sociais do Sesc Maranhão. O evento é realizado pelo grupo Cena Aberta como homenagem ao ator, encenador, arte-educador e teatrólogo nascido em São Paulo, mas que elegeu o Maranhão para viver.

A proposta de “Luiz Pazzini – Transgressões Estéticas na Cena Teatral Maranhense” é um debate acerca das práticas artísticas e pedagógicas do arte-educador e sobre as novas formas de pensar o fazer teatral no Maranhão, que são evocadas pelo teatro contemporâneo. Partindo da afirmação de que ainda são escassas as discussões sobre a linguagem do teatro contemporâneo em contexto local, a proposta dos organizadores da ação é trazer a luz os apontamentos acerca do fazer artístico de Luiz Pazzini, bem como suas contribuições para uma transgressão estética do teatro maranhense.

O debate tem como público-alvo artistas da cena, educadores do campo, professores de teatro, produtores e gestores culturais, amantes e entusiastas do teatro e todos os interessados na área. Participam do evento, que integra a programação do projeto Derresol Cultural, do Sesc, o ator, diretor e pesquisador das artes cênicas, professor Abimaelson Santos; o crítico, ensaísta, pesquisador da pedagogia do teatro, professor Arão Paranaguá; a educadora do campo, professora Diana Diniz, que acompanhou ações de formação de teatro na educação do campo realizada pelo mestre Pazzini, na cidade de Bacabal (MA).

Perfil

Luiz Roberto de Souza, o Luiz Pazzini, foi ator, encenador, arte-educador e teatrólogo radicado no Maranhão. Graduado e mestre em Teatro pela ECA - USP, nascido em 1953 na cidade de Servínia (SP), Luiz Pazzini dedicou-se à prática artística pedagógica do teatro no Maranhão desde 1992, quando ingressou como professor do então Departamento de Artes, da Universidade Federal do Maranhão.

Luiz Pazzini, que faleceu na tarde de 29 de abril deste ano, em decorrência do novo coronavírus, participou ativamente na formulação e fundação do curso de licenciatura em Teatro na mesma universidade, em 1999. Também criou o coletivo Cena Aberta, onde deixou a sua mais marcante contribuição como artista, docente e pesquisador. Tinha como objetivo pesquisar a linguagem teatral pautada na relação ator, pesquisador e educador, desenvolvendo experimentos cênicos, intervenções e espetáculos performáticos sempre explorando espaços inusitados e com alunos e alunas do curso de Teatro/UFMA.

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