Leidianny Santos - gerente de Operações de Pátios e Terminais da Vale

Tem mulher maranhense no comando da ferrovia

Natural de Açailândia, ela é a primeira mulher a ocupar um cargo gerencial na operação da Estrada de Ferro Carajás em 35 anos de operação da ferrovia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Leidianny Santos, é a primeira mulher a ocupar um cargo gerencial na operação da Estrada de Ferro Carajás
Leidianny Santos, é a primeira mulher a ocupar um cargo gerencial na operação da Estrada de Ferro Carajás (Leidianny Santos)

SÃO LUÍS- Embora a pandemia do novo coronavírus tenha trazido incertezas ao mercado de trabalho, também representou novas oportunidades para muita gente. Foi justamente nessa fase de dúvida para a economia, que a mineradora Vale decidiu nomear pela primeira vez uma mulher para o cargo de gerente operacional da Estrada de Ferro Carajás (EFC), uma das mais importantes ferrovias do país. Leidianny Santos, que é natural de Açailândia, é a nova gerente de operação de pátios e terminais de carregamento da EFC e comanda uma equipe com mais de 200 empregados nos estados do Pará e Maranhão.

A carreira de Leidianny é cheia de simbolismos e quebra de paradigmas que ainda marcam algumas carreiras e nichos do mercado de trabalho. Nascida no interior do estado, achava que lá faria uma carreira alinhada à sua formação, gestão empresarial. Mal sabia que sua persistência e resultados a fariam desbravar uma nova trilha profissional para as mulheres em um segmento tão pouco ocupado por elas.

“Iniciei minha vida profissional na Vale ainda como estagiária, quando morava em Açailândia, minha cidade natal. E foi na ferrovia que trilhei minha carreira. Primeiro, atuei como Oficial de Operação Ferroviária, uma função base da carreira ferroviária. Depois fui promovida à supervisora de Operação de Trens, sendo a primeira mulher a ocupar esta função. Em seguida, ocupei a função de coordenadora do Centro de Controle Operacional (CCO), também sendo a primeira mulher a liderar esta área na empresa”, contou.

Em junho deste ano, ela foi convidada a assumir a gerência de Operações de Pátios e Terminais da ferrovia, respondendo por todos os terminais de carregamento de minério de ferro da EFC. É, também, a primeira mulher a ocupar uma função assim. “Tenho muito orgulho de representar as mulheres maranhenses em uma função tão estratégica. E para mim, lugar de mulher é onde ela quiser", relata Leidianny.

Embora hoje a participação de mulheres em posições de comando não seja uma novidade em si, em alguns segmentos como a mineração (historicamente marcada pela presença de homens) elas ainda representam uma porcentagem pequena. Para entender melhor isso, no caso da promoção de Leidianny, é a primeira vez que uma mulher ocupa um cargo dessa natureza na ferrovia desde que a EFC entrou em operação, há 35 anos.

“A liderança feminina não é novidade na mineração, incluindo a Vale, mas hoje estamos trabalhando de maneira muito estruturada para aumentar a inclusão delas em áreas operacionais. Em 2019, a empresa estabeleceu uma meta de dobrar a força de trabalho feminina de 13% para 26% até 2030. Estabelecer uma meta e políticas inclusivas é mais um passo para gerar e promover a diversidade em nossas operações. Nosso objetivo é ser uma organização mais inclusiva e inovadora", afirmou Simone Caixeta, gerente de Recursos Humanos da Vale no Maranhão.

A promoção de Leidianny não foi a única notícia boa em meio às incertezas causadas pela pandemia da Covid-19. Em um balanço divulgado recentemente, a mineradora Vale (que atua no Maranhão operando a Estrada de Ferro Carajás (EFC) e Terminal Marítimo de Ponta da Madeira) informou que gerou 516 novos postos de trabalho no primeiro semestre deste ano, encerrando o período com 11,4 mil empregos próprios e terceiros. Um número quase 10% superior ao mesmo período do ano passado.

Mineração por Elas
Nas próximas semanas, a Vale veiculará em seus canais oficiais uma campanha intitulada “Mineração por Elas”. Trata-se de uma série de vídeos que retrata histórias de mulheres que trabalham na empresa, contando a trajetória delas, suas rotinas e desafios. A ideia é comunicar que na Vale há espaço e inclusão de mulheres nas mais diversas profissões, seja na carreira técnica ou gerencial. l

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