Semus

Prefeitura confirma substituta de Lula Fylho na pasta da Saúde

Natália Mandarino é a nova titular da Secretaria Municipal de Saúde de São Luís; ela era adjunta na pasta e, antes, comandou o Hospital da Mulher

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
: Natália Mandarino foi escolhida por Edivaldo Júnior para a Semus
: Natália Mandarino foi escolhida por Edivaldo Júnior para a Semus (Natália Ribeiro)

São Luís - A Prefeitura de São Luís anunciou ontem a substituta do empresário Lula Fylho no comando da Secretaria Municipal de Saúde (Semus).

Assume o posto a enfermeira Natália Ribeiro Mandarino, que era adjunta na própria Semus. Antes disso, ela foi diretora do Hospital da Mulher, de 2013 a 2017.

“Graduada em enfermagem, Natália Mandarino é doutora em Ciências da Saúde (UFMA), mestre em Saúde Materno Infantil (UFMA), entre outras pós-graduações e especializações”, diz um pequeno perfil da nova gestora distribuído pela Prefeitura.

Lula Fylho deixou a Semus no fim de semana, apenas semanas após ser alvo da Operação Cobiça Fatal, desencadeada pela Polícia Federal e pela superintendência local da Controladoria Geral da União (CGU) no Maranhão. A Prefeitura de São Luís não informou se a saída dele tem alguma relação com o caso

Nos bastidores, há a informação de que auditoria interna e mais uma sindicância, determinadas pelo prefeito Edivaldo Júnior (PDT), na época da denúncia do vereador Umbelino Júnior (PRTB), foram motivos para a demissão.

No bojo da ação policial, foram presos diversos empresários, acusados de montar um consórcio que combinava preços superfaturados durante a fase de cotação em processos de dispensa de licitação para a compra emergencial de máscaras, EPIs e outros insumos destinados ao combate à pandemia do novo coronavírus em pelo menos sete prefeitura do Maranhão.

Investigação

Em São Luís, de acordo coma investigações, foram verificados indícios de superfaturamento na compra de 320 mil máscaras pela Semus. A PF afirma que a pasta pagou R$ 9,90 por cada unidade, quando o preço médio praticado no mercado nacional é de R$ 3,17, apontando para um superfaturamento aproximado de R$ 2,3 milhões.

A Semus nega qualquer irregularidade, e diz que efetuou a compra de todo o material “menor preço proposto pelo mercado na ocasião”.

O relatório que embasou a decisão judicial aponta, ainda, possíveis irregularidades nos municípios de Matinha e Timbiras, no interior do estado. E cita contratos do mesmo grupo em Icatu, Cajapió, Lago do Junco, e Porto Rico do Maranhão. Um sétimo contrato foi assinado em Turilândia, na Baixada Maranhense, mas não incluído nas investigações porque publicado no Diário Oficial apenas quando os pedidos relacionados à Cobiça Fatal já haviam sido feitos pela PF à Justiça Federal.

Partida

Em entrevista a O Estado após a deflagração da operação, a superintendente da CGU no Maranhão, Leylane Maria da Silva, declarou que a Cobiça Fatal foi apenas o ponto de partida para uma série de fiscalizações de verba federal empregada contra a Covid-19 em todo o estado.

“Desde o início da pandemia e assim que começaram os repasses de recursos para os estados e municípios, a CGU começou a levantar os dados correspondentes”, destacou.

A titular da CGU aponta, ainda, que não apenas municípios, mas também o Governo do Estado e até órgãos federais podem entrar na mira das fiscalizações, desde que haja indícios de irregularidade.

Para Leylane da Silva, além da atuação coordenada com outros órgãos como a PF, o TCE e o Ministério Público, a CGU conta com a colaboração da população para chegar aos malfeitos. “A população é quem mais tem condições de reportar de forma enriquecida o que está acontecendo na sua realidade local, o que pode ajudar bastante a desbaratar esquemas de desvios. Os canais de denúncia estão abertos e disponíveis”, ressaltou.

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