Habilidades

Cultura "maker" minimiza danos na pandemia

Alunos e professores do Colégio Dom Bosco desenvolvem produtos para o enfrentamento do novo coronavírus

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

[e-s001]São Luís - Um cenário de crise, como a atual pandemia do novo coronavíru,s é também um convite à inovação. E é assim que alunos e professores do Colégio Dom Bosco estão enfrentando esse momento, ressignificando o isolamento social com muita aprendizagem multidisciplinar e buscando desenvolver soluções inovadoras e criativas para minimizar os problemas da pandemia na sociedade maranhense.

O Colégio Dom Bosco, cuja missão é impactar o mundo através da educação, mostra na prática como transformar o isolamento social vivido por alunos e professores em um rico momento de aprendizagem e inovação.

Além das aulas online, a escola continua a estimular os alunos com suas metodologias ativas, entre as quais destaca-se a cultura Maker. A mesma foi implantada no Dom Bosco com sucesso bem antes da pandemia. No Laboratório Maker da escola, os alunos desenvolviam o aprendizado de ciência e tecnologia no ambiente escolar, com diversos projetos que estimulam os alunos a aprender fazendo.

Vale lembrar que a “cultura maker” é influenciada pela cultura “Do it yourself” (Faça você mesmo); e surgiu da vontade e necessidade das pessoas de construir, consertar, modificar e produzir objetos por conta própria. O surgimento de novas tecnologias como as impressoras 3D, cortadoras a laser e kits de robótica incentivou e popularizou esse movimento também no ambiente escolar; o que foi desde o início adotado com sucesso pelo Colégio Dom Bosco no seu posicionamento de escola exponencial.

Nas aulas “Makers” os alunos aprendem a inovar e a criar brinquedos, robôs, aplicativos, sempre contando com o suporte de dois professores especializados nesse projeto, Ramilla Rocha e Jhon Quinaya. Além dos conceitos científicos e tecnológicos, os alunos também desenvolvem habilidades como senso de trabalho em equipe; autonomia; criatividade; busca de conhecimento e iniciativa para investigar e criar soluções.

E mesmo com o isolamento social, a prática Maker seguiu ativa, ainda que longe do Laboratório da escola, de forma adaptada. E com projetos distintos em duas frentes, com produtos feitos por docentes e discentes. Alunos de todas as idades estão transformando elementos de seu cotidiano (materiais como caixa, cola, papel etc.) em protótipos de novos produtos, concebidos para melhorar a vida de todos nessa guerra contra o novo Coronavírus. Entre os produtos criados em casa pelos alunos, sob a orientação dos professores, destacam-se um jogo inédito e educativo de Minecraft, totalmente desenvolvido pelo aluno que é também programador, e cujo objetivo é a conscientização da necessidade de uso de máscaras e álcool em gel para combater o vírus. Outros alunos criaram protótipos de objetos de uso doméstico, como dispensers para o armazenamento correto de lenços de papel toalha e luvas descartáveis; entre muitas outras ideias.

[e-s001]Maria Eduarda Meireles, aluna do segundo ano, é uma das entusiastas do projeto Maker e está consciente da importância da solidariedade nesse momento:

“Nós alunos estamos desenvolvendo projetos criativos, com os materiais que possuímos em casa, voltados para ajudar a combater a propagação do novo Coronavírus entre os maranhenses. Eu e minha família por exemplo, estamos fazendo máscaras caseiras que serão destinadas à doação para moradores de rua, pessoas necessitadas e órgãos públicos. Essa luta é de todos nós. Se cada um fizer a sua parte podemos sim mudar essa situação” revela a aluna.

Descansa-orelhas
O projeto “Descansa-orelhas”, desenvolvido pelos professores Ramilla Rocha e Jhon Quinaya, está sendo fabricado com o plotter da escola, alocado na casa dos professores. O Descansa-orelhas é uma espécie de adaptador para acoplar o elástico das máscaras na parte de trás da cabeça; para que elas não machuquem a pele e as orelhas. Esse produto que foi criado originalmente no Canadá, por uma criança, foi adaptado aqui de forma inédita pelo Dom Bosco. A escola já produziu e doou 1.250 unidades dessa peça a profissionais do Hospital Socorrão. E a produção em massa continua, para que mais profissionais possam ser beneficiados gratuitamente.

A terapeuta ocupacional do Socorrão II Pollyana Furtado foi uma das agraciadas com um kit do Descansa–Orelha e aprovou. “Como profissional da saúde na ativa nessa pandemia tenho sofrido com dores ao longo do dia, devido ao uso contínuo dos equipamentos de proteção individuais (EPI’s) que precisamos usar. Fui uma das agraciadas com a doação de um kit do Descansa - Orelhas desenvolvido pelo Colégio Dom Bosco e já estou usando. Sou muito grata pois o produto trouxe mais conforto no uso da máscara facial”, disse a terapeuta.

Para o Colégio Dom Bosco aliar a educação de qualidade à inovação para a solução de problemas reais da comunidade é a melhor resposta a essa pandemia.

[e-s001]“Estamos muito felizes com os resultados da cultura Maker colocada em prática no Dom Bosco. Acreditamos que a educação ativa e baseada na solução de problemas da comunidade é a melhor arma para se construir um mundo melhor, mais justo e mais inclusivo” declarou o professor Jhon Quinaya.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.