Covid-19

"Por ora, o sistema dá conta", diz Carlos Lula sobre leitos no Maranhão

Secretário de Saúde e governador do Maranhão dizem que não há motivo para desespero, mas admitem que atual capacidade de atendimento se esgotará em dias

Gilberto Léda/ a editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Carlos Lula garante que não há motivos para desesperos
Carlos Lula garante que não há motivos para desesperos (Carlos Lula)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, traçaram ontem, em momentos distintos, um panorama preocupante da capacidade da rede hospitalar estadual de seguir atendendo aos pacientes de Covid-19, notadamente em São Luís, onde há mais casos registrados.

Em duas entrevistas distintas, eles garantiram que há esforços para o aumento da oferta de leitos, mas acabaram revelando que, no ritmo atual, a capacidade se esgotará em breve, o que leva à necessidade diária de reavaliação das condições de atendimento.

Durante entrevista ao programa Ponto Final, da Rádio Mirante AM, o titular da SES sugeriu que a rápida expansão da doença na capital pode abreviar o estrangulamento do sistema, que, pelo menos por ora, ainda está dando conta da demanda. Ele reclamou de pessoas que seguem sem atender às recomendações de isolamento e distanciamento social.

“Como a gente ainda não tem uma taxa de ocupação preocupante - tanto porque a gente continua a expansão dos leitos, quanto porque eu tenho leitos da rede municipal e da rede federal que a gente não está utilizando, que vai utilizar num segundo momento -, eu posso dizer assim: por ora, o sistema dá conta. Obviamente, a gente tem que ver essa projeção semana a semana”, declarou.

Ele admitiu que situação não é de tranquilidade. Mas ponderou que "não é para ter desespero”, principalmente quando se compara a rede do Maranhão, e sua atual taxa de ocupação, com a de outros estados.

“Hoje, qual situação? Não é uma situação para a gente ter muita tranquilidade, para dizer assim: ‘não vai acontecer nada’. Mas também não é para ter desespero”, disse, para completar: “A gente tem uma taxa de ocupação de leitos de UTI, ela é considerável, mas ela ainda não é preocupante e os sistema ainda consegue dar conta dos casos que nos chegam”.

Coletiva

O posicionamento de Carlos Lula está em linha com o discurso do governador do Maranhão. Em coletiva na manhã de ontem ele também tratou do tema - e também acabou por desnudar a situação da rede estadual diante da pandemia.

Flávio Dino disse, por exemplo, que a atual oferta de leitos - seja de UTI, seja de internação normal - garante atendimento a pacientes infectados pelo novo coronavírus apenas até o final desta semana. Mas garantiu que, já na próxima haverá entrega de novos leitos.

“Nós temos segurança para afirmar a todos os maranhenses da Ilha de São Luís, que até o final de semana nós temos oferta garantida de leitos para pessoas que precisam se internar, seja UTI, seja internação normal”, destacou ele.

Dino acrescentou que o Governo do Maranhão prepara-se para entregar cem novos leitos exclusivos para pacientes infectados pelo novo coronavírus, o que deve garantir capacidade de atendimento por mais algumas semanas depois disso.

“Com isso, nós percorreremos mais algumas semanas”, completou, lembrando que, após esses cem leitos, haverá entrega de outros 52 leitos mais.

“Quero sublinhar: não há risco de falta de leitos na rede hospitalar estadual de São Luís até o final de semana. Na próxima semana, teremos a inauguração de novos leitos, com isso vamos readquirir a capacidade de oferta”, concluiu, pontuando que a rede de Saúde do governo tem tido apoio da Prefeitura de São Luís, com o Hospital da Mulher, e do governo federal, com o Hospital Universitário da Ufma (Dutra), finalizou.

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