Artigo

O mundo na horizontal

Valdemir Verde, Ex-prefeito de Humberto de Campos, atual Vereador, aposentado do Banco do Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

Loucura total no mundo globalizado, agora horizontalizado com o surgimento do vírus que surgiu na China e invadiu todos os Países do mundo, viralizando de forma comunista, socialista e democrática a sociedade mundial, com efeito devastador em termos de comunicação de massa, tendo como parceira correlata e de cumplicidade a famigerada internet.

O coronavírus é mais poderoso do que a internet tendo em vista sua abrangência e penetração em rincões que a internet ainda não chegou, por causa da distância e às vezes pela pobreza do lugar o que torna-a inviável para instalação dos aparatos tecnológicos. Esse vírus sem vergonha colocou um freio em todos nós, obrigando-nos ao afastamento de amigos, parentes e aderentes de forma vergonhosa e anticoloquial, com a proibição dos beijos e abraços de todo mundo.

Foi uma invasão mundial, desde palácios imperiais até aldeias indígenas, com punição maior para os idosos, o que até parece uma forma de obrigar-nos a todos refletir o presente, passado e futuro, numa planificação social sem precedentes na história do mundo. Rico, pobre e abastado tudo isso sucumbiu de forma humilhante frente ao temeroso vírus que, de forma igualitária, mandou todo mundo pra casa preferencialmente usando uma focinheira, era como se chamava esse tipo de máscara que se usava para porco fuçador não infernizar os quintais alheios.

Estamos todos encurralados em casa tolerando a chatice das televisões a obrigação explicita da lavagem de mãos a todo momento, o corre corre de crianças chatas, as palestras de gestores e funcionários públicos nos ameaçando de provável falta de leito hospitalar, também a morbidez psicológica ocasionada por essa pandemia sorrateira. Quando saímos de casa, geralmente apavorados, vamos torcendo para não encontrar amigos, contrariando toda a sociologia do mundo que estimula o relacionamento entre pessoas, simplesmente estamos excluindo musicas e poemas estimulantes das amizades, saudosamente lembradas nas vozes de artistas brasileiros como Milton Nascimento, celebrando a figura do amigo e dizendo que é para se guardar no peito e Roberto Carlos com seu milhão de amigos ,tudo isso o vírus sepultou sem sinalizar como vai ser o futuro da nova sociedade mundial.

Guardando as devidas proporções e sendo crédulo em relação aos contadores de histórias populares do Maranhão, já ouvi um deles dizendo que esse bicho criado na China vai se acabar antes do São João, principalmente em nosso Estado quando se juntarem os boiadeiros, macumbeiros e os santos São João, São Pedro e São Marçal que com suas forças somadas ao sol quente do verão maranhense não tem vírus que aguente.

Eu, particularmente, acredito nesse fenômeno, considerando a singularidade maranhense, que sempre navega na contramão do Brasil, basta citar algumas como, por exemplo, foi o último Estado a aderir à República, o único a ter um governador comunista, o único a ter em seu território um ex-presidente da República com noventa anos de idade e, por fim, o protagonista exclusivo do Brasil na corrida espacial.

Não sei se aqui cabe a frase de padre Antonio Vieira quando disse que no Maranhão até o sol mente, entretanto acredito na morte fulminante do coronavírus antes do São João, quando todos os maranhenses vão sair para festejar nos terreiros, ouvindo toadas, matracas, pandeirões e o urro do novilho brasileiro.

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