Estado Maior

Menos um compromisso

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

O governo do Maranhão terá um período para respirar dos débitos de empréstimos feitos ao Governo Federal. Por decisão
do ministro Alexandre de Moraes, o estado e também o Paraná poderão deixar de pagar a União as parcelas dos empréstimos
devido à crise causada pelo novo coronavírus.

Na ação que o governo do Maranhão entrou no Supremo Tribunal Federal (STF), o que chama atenção são os números que mostram o tamanho do endividamento do estado. No pedido, o governo afirmou ter dívidas com bancos públicos, como Caixa Econômica, Banco do Brasil e BNDES. Os débitos somam R$ 7,4 bilhões e, para 2020, a previsão é que seja pago cerca de R$ 1,1 bilhão.

A previsão, ainda segundo a gestão, é de que com as medidas tomadas para evitar a proliferação do novo coronavírus, o Maranhão
deverá ter impacto em suas receitas de cerca de R$ 2,3 bilhões.

Com estes números, o ministro decidiu pela suspensão, mas pediu ainda mais detalhamento das dívidas. Outra determinação foi
a de que o dinheiro que pagaria as parcelas da dívida deve ser usado exclusivamente no combate ao Covid-19.

Sem dúvidas, esta suspensão deixará o estado respirar melhor.

Nesta mesma linha, a Prefeitura de São Luís vai seguir, segundo informou o prefeito Edivaldo Júnior. Mas, a gestão municipal vai tentar a suspensão do pagamento da dívida com a União dialogando com a próprio Governo Federal. Ou seja, não será por vias judiciais como fez os governos do Maranhão e Paraná.

Quente de novo
O clima entre o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e governadores, dentre eles, Flávio Dino (PCdoB) voltou a esquentar após o pronunciamento do chefe federal, quando minimizou as ações de restrição de público em estados da federação.

Para Bolsonaro, é preciso possibilitar a circulação de pessoas para o fomento da economia com a permissão para um tal de isolamento vertical.

Já Flávio Dino, por sua vez, retrucou e disse que é possível “salvar vidas” e, ao mesmo tempo, as finanças.

Errou
Um dos aliados mais conhecidos de Bolsonaro no meio político maranhense, o senador Roberto Rocha (PSDB) também criticou a fala do presidente.

Para Rocha, o presidente Bolsonaro pode ter acertado no conteúdo da fala, mas “errou na forma” como se expressou.

Segundo o senador, é preciso ter “gestos de otimismo e coragem”, porém ciente da força da palavra “presidencial”.

Críticas
O deputado estadual Ygléso Moyses (Pros) recebeu duras críticas em seu perfil nas redes sociais após publicar um passo a passo sobre o Covid-19.

Moyses, que é médico, defendeu o fim do isolamento e chegou a citar que a emissora de televisão, Rede Globo, tenta enganar as pessoas para assistir a anúncios.

Com os riscos e a crise sanitária devido ao novo coronavírus, os internautas não pouparam as críticas ao parlamentar.

Como assim?
Um vereador do Maranhão comemorou, em áudio, o caos causado pelo novo coronavírus que traz a possibilidade de adiamento das eleições.

Antônio Ximenes, parlamentar na cidade de Caxias e também vice-presidente da Câmara, disse que o vírus é “gente boa demais”.

“O bichinho vai prorrogar nossos mandatos por mais dois anos. Uh, mamãe!”, comemorou o vereador.

Suspensa
O governo estadual distribuiu cestas básicas para famílias carentes. A gestão acabou levando centenas de pessoas a se aglomerarem em busca do alimento.

Devido à aglomeração, a distribuição acabou suspensa. E poderá retornar em um outro momento.

Quando voltar a distribuição, seria ideal o governo do Estado também incluir kits de higiene e proteção (incluindo máscaras, sabonete líquido e álcool em gel) para a população.

DE OLHO

R$ 7,4 bilhões É O VALOR que o Maranhão deve para a União em empréstimos, cujas parcelas deixarão de ser pagas devido à crise do novo coronavírus.

Abono
O vereador de São Luís, Pavão Filho (PDT), disse à coluna que protocolou um requerimento na Câmara Municipal solicitando a implantação de um abono especial para os profissionais da área da saúde.

De acordo com o parlamentar, a ajuda financeira seria usada para o custeio das despesas a “mais” que os servidores terão para o controle do H1N1 e Covid-19 na cidade.

Até o momento, a direção da Câmara Municipal de São Luís não se manifestou sobre o pedido

E MAIS

•Ainda sobre a Câmara, os vereadores voltarão a se reunir em sessão remota hoje para apreciar um projeto de lei.

• A proposta, que é de autoria do vereador Raimundo Penha (PDT), altera a Lei Municipal nº 6340/18, que criou o Sistema Único da Assistência Social (Suas).

• Diante do atual cenário de atenção redobrada e prevenção ao Covid-19, o projeto flexibiliza a lei já existente, para que famílias carentes inscritas nos programas sociais da Prefeitura possam ter acesso mais rápido aos benefícios como aluguel social, doação de urna funerária e entrega de cesta básica.

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