Coronavírus

Casos de infecção pelo novo coronavírus continuam a aumentar no mundo

Além de China e Japão, são 13.752 casos e 258 mortes na Coreia do sul, que lidera, seguida da Itália, Irã, França, Alemanha, Espanha, Cingapura, Hong-Kong, Reino Unidos e Estados Unidos

Agência Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Estudantes sob proteção de máscaras durante aula na Coreia do Sul
Estudantes sob proteção de máscaras durante aula na Coreia do Sul (Coronavírus)

TÓQUIO - Casos de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19) já foram confirmados em 80 países e territórios, além da China continental e do Japão. São 13.752 casos e 258 mortes até o momento.

A Coreia do Sul lidera a lista, com 5.766 casos, seguida da Itália, com 3.089, do Irã com 2.922, da França com 285, Alemanha com 262, Espanha com 206, de Cingapura com 112, Hong Kong com 95, do Reino Unido com 81 e dos EUA com 80. A Eslovênia registrou seu primeiro caso na quarta-feira, 4.

O número de mortos chega a 107 na Itália, 92 no Irã, 35 na Coreia do Sul, nove nos EUA, quatro na França, dois em Hong Kong, Iraque e Espanha, e um nas Filipinas, Taiwan, Tailândia, San Marino e Austrália.

Das pessoas que desembarcaram do navio de cruzeiro Diamond Princess no mês passado, 46 dos cerca de 300 americanos que retornaram para casa em voos fretados pelo governo testaram positivo para o vírus.

A Austrália confirmou que 10 passageiros testaram positivo após retornarem para casa. Hong Kong confirmou nove, o Reino Unido quatro, Israel e Rússia três cada, e Taiwan um.

Catalunha

Um grupo de cientistas da Catalunha criou um medicamento para ajudar no combate ao novo coronavírus. Os primeiros compostos vão começar a ser testados, em abril, no laboratório. Os primeiros ensaios em animais devem acontecer antes do verão.

Os tratamentos estão sendo desenvolvidos graças a uma parceria entre três instituições científicas, que conta com o apoio da multinacional farmacêutica Grifols. O Barcelona Supercomputing Center (BSC), um centro espanhol de investigação, irá aplicar a bioinformática, de modo a ter uma ideia de como é que o medicamento é capaz de neutralizar o coronavírus.

Já o instituto IrsiCaixa, com sede no Hospital Germans Trias e Pujol, em Badalona, vai projetar os anticorpos com base em informações fornecidas pelo BSC. Além disso, irá testá-los em culturas de células vulneráveis ao coronavírus. O Centro de Pesquisa em Saúde Animal (CreSA) realizará os testes em animais.

Em teleconferência realizada entre os investigadores da IrsiCaixa e os institutos de Marselha, na França, e Munique, na Alemanha, foi estabelecida uma colaboração internacional para acelerar o desenvolvimento de medicamentos e vacinas. O que se pretende é apresentar o projeto à Iniciativa sobre Medicamentos Inovadores (IMI), da Comissão Europeia, que este mês vai destinar 30 milhões de euros para projetos de pesquisa sobre o coronavírus.
“Não começamos do zero”, disse Alfonso Valencia, investigador do Icrea, uma instituição catalã de pesquisa e estudos avançados.

“Durante a epidemia de ebola na África Ocidental, desenvolvemos métodos computacionais para desenvolver terapias baseadas na informação do genoma do vírus. No entanto, a epidemia foi resolvida antes de as terapias serem aplicadas. Assim que o genoma do novo coronavírus foi publicado [em 10 de janeiro], pensei que era hora de tirar proveito de todo o trabalho que tínhamos feito”, acrescentou. Os métodos computacionais conseguem revelar a estrutura tridimensional da proteína que o vírus usa para se conectar às células que infecta. A partir daí, permitem perceber a maneira como os anticorpos bloqueiam a entrada do vírus nas células.

Aparência

O novo coronavírus tem proteínas chamadas Spike, que arquitetam a sua membrana dando-lhe uma aparência de coroa, quando vistas ao microscópio, sendo por isso chamado de coronavírus. Essas proteínas permitem que os recetores específicos, chamados de ACE2, se mantenham na membrana celular. Diante disso,, a estratégia será projetar anticorpos que impeçam a ligação da proteína Spike aos recetores ACE2.

O plano de trabalho pressupõe a criação física dos anticorpos no IrsiCaixa a partir dos dados de bioinformática fornecidos pelo BSC. Além disso, estão sendo ser criados quatro anticorpos que estarão disponíveis para que sejam iniciados os ensaios em culturas de células dentro de quatro a seis semanas.

“Os anticorpos têm a vantagem de ter efeito duradouro, portanto, uma única injeção deve ser suficiente para tratar uma infeção aguda”, explicou Nuria Izquierdo-Useros, a investigadora que irá testar os quatro anticorpos em culturas de células.

Desses anticorpos, serão escolhidos os que demonstrarem maior eficácia e depois enviados a Joaquim Sagalés, do CreSA, para testá-los em animais. Caso apresentem resultados positivos, o tratamento será testado em outros animais, de modo a verificar a sua eficácia e segurança antes de administrá-lo às pessoas.

A longo prazo, a parceria entre o BSC, o IrsiCaixa e o CreSA pretende também desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus.

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