Pânico

Tailândia: Forças de segurança matam militar que cometeu massacre

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Polícia tailandesa divulga foto de Jakrapanth Thomma, principal suspeito pelos ataques que mataram quase 20
Polícia tailandesa divulga foto de Jakrapanth Thomma, principal suspeito pelos ataques que mataram quase 20 (Reuters)

BANGCOC — Ao menos 26 pessoas morreram após um militar tailandês abrir fogo em diversos pontos da cidade de Korat, no Nordeste do país e a 250km da capital, Bangoc. O ataque deixou 33 pessoas feridas, conforme anunciou a polícia. Ao menos dez estão em estado grave. Após um cerco de mais de 12 horas, forças de segurança anunciaram ter matado o atirador. Outras 14 pessoas ficaram feridas. O agressor foi identificado como sargento Jakapanth Thomma, de 32 anos.

Segundo as autoridades tailandesas, os ataques começaram por volta das 15 (horário local) em uma casa, onde o militar fez as suas duas primeiras vítimas. Logo depois, seguiu para uma base militar, onde matou seu oficial superior e deixou diversos outros feridos. Em seguida, roubou um veículo militar e seguiu para um shopping, onde também abriu fogo e se refugiou até ser morto. Algumas pessoas que estavam no prédio foram resgatadas pelos policiais. Um policial morreu e dois ficaram feridas em uma tentativa de capturar o atirador dentro do shopping. As ruas ao redor do centro comercial foram fechadas.

Segundo jornais do país, a mãe do atirador foi levada até o cerco para ajudar nas negociações. Um vídeo divulgado na internet mostrou a mulher chorando e perguntando “por que ele fez isso?”, ao entrar no carro da polícia.

Conflito pessoal

"Foi um conflito pessoal por conta da venda de uma casa", disse o primeiro ministro Prayuth Chan-ocha, que foi a Nakhon Ratchasima, ontem,9, se encontrar com sobreviventes. Prayuth informou ainda que o conflito envolvia um parente do comandante do soldado.

O oficial foi morto antes que o atirador se dirigisse para o shopping e continuasse a atirar. Mais cedo, o soldado invadiu o arsenal da base para se armar, disse o general Thanya Kiatsarn, comandante das forças na região.

" Ele atacou o guarda do arsenal, que acabou morrendo, roubou um furgão, uma arma HK33 e uma grande quantidade de munição”, informou o general. Em uma postagem no Facebook, o ministro da Saúde, Anuntin Charnvirakul, pediu para que as pessoas doassem sangue às vítimas do ataque. Um porta-voz do primeiro-ministro da Tailândia, Prayuth Chan-ocha, expressou suas condolências a família das vítimas.

Antes , Thomma havia escrito que “a morte é inevitável para todos”. Também postou uma foto do que parecia ser uma arma em sua mão. Durante o ataque, ele publicou, nas redes sociais, fotos e vídeos vestindo uniforme e disparando na cidade. O Facebook informou que removeu a conta do atirador e que retirou do ar “qualquer conteúdo impróprio relacionado a esse ataque”.

Cenas de pânico e de pessoas fugindo apavoradas sob o barulho dos disparos da arma automática dominaram outros cantos das redes sociais também. A mídia tailandesa mostrou vídeos do soldado saindo de um carro em frente a um shopping, disparando uma série de tiros, o que provocou tumulto e correria. A Tailândia é um dos países com maior percentual de posse de armas do mundo, mas esse tipo de incidente, feito por militares contra civis, é muito raro.

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