BANGCOC — Ao menos 26 pessoas morreram após um militar tailandês abrir fogo em diversos pontos da cidade de Korat, no Nordeste do país e a 250km da capital, Bangoc. O ataque deixou 33 pessoas feridas, conforme anunciou a polícia. Ao menos dez estão em estado grave. Após um cerco de mais de 12 horas, forças de segurança anunciaram ter matado o atirador. Outras 14 pessoas ficaram feridas. O agressor foi identificado como sargento Jakapanth Thomma, de 32 anos.
Segundo as autoridades tailandesas, os ataques começaram por volta das 15 (horário local) em uma casa, onde o militar fez as suas duas primeiras vítimas. Logo depois, seguiu para uma base militar, onde matou seu oficial superior e deixou diversos outros feridos. Em seguida, roubou um veículo militar e seguiu para um shopping, onde também abriu fogo e se refugiou até ser morto. Algumas pessoas que estavam no prédio foram resgatadas pelos policiais. Um policial morreu e dois ficaram feridas em uma tentativa de capturar o atirador dentro do shopping. As ruas ao redor do centro comercial foram fechadas.
Segundo jornais do país, a mãe do atirador foi levada até o cerco para ajudar nas negociações. Um vídeo divulgado na internet mostrou a mulher chorando e perguntando “por que ele fez isso?”, ao entrar no carro da polícia.
Conflito pessoal
"Foi um conflito pessoal por conta da venda de uma casa", disse o primeiro ministro Prayuth Chan-ocha, que foi a Nakhon Ratchasima, ontem,9, se encontrar com sobreviventes. Prayuth informou ainda que o conflito envolvia um parente do comandante do soldado.
O oficial foi morto antes que o atirador se dirigisse para o shopping e continuasse a atirar. Mais cedo, o soldado invadiu o arsenal da base para se armar, disse o general Thanya Kiatsarn, comandante das forças na região.
" Ele atacou o guarda do arsenal, que acabou morrendo, roubou um furgão, uma arma HK33 e uma grande quantidade de munição”, informou o general. Em uma postagem no Facebook, o ministro da Saúde, Anuntin Charnvirakul, pediu para que as pessoas doassem sangue às vítimas do ataque. Um porta-voz do primeiro-ministro da Tailândia, Prayuth Chan-ocha, expressou suas condolências a família das vítimas.
Antes , Thomma havia escrito que “a morte é inevitável para todos”. Também postou uma foto do que parecia ser uma arma em sua mão. Durante o ataque, ele publicou, nas redes sociais, fotos e vídeos vestindo uniforme e disparando na cidade. O Facebook informou que removeu a conta do atirador e que retirou do ar “qualquer conteúdo impróprio relacionado a esse ataque”.
Cenas de pânico e de pessoas fugindo apavoradas sob o barulho dos disparos da arma automática dominaram outros cantos das redes sociais também. A mídia tailandesa mostrou vídeos do soldado saindo de um carro em frente a um shopping, disparando uma série de tiros, o que provocou tumulto e correria. A Tailândia é um dos países com maior percentual de posse de armas do mundo, mas esse tipo de incidente, feito por militares contra civis, é muito raro.
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