Em 2018

Uber registra mais de 3 mil casos de abuso sexual nos EUA

Empresa diz que houve queda em 16% no número de casos relatados de abuso. Londres anunciou que não renovará licença para o aplicativo operar na cidade e citou problemas de segurança

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Placa mostra ponto de embarque da Uber
Placa mostra ponto de embarque da Uber (Reuters)

WASHINGTON - A Uber registrou mais de 3 mil casos de abuso sexual em 1,3 bilhão de viagens com o aplicativo nos Estados Unidos, informou relatório da empresa de motoristas de aplicativo. De acordo com a companhia, há tanto condutores quanto passageiros entre as vítimas.

Segundo o relatório, houve denúncias de 235 penetrações ocorridas sem consentimento, além de centenas de outros relatos beijos forçados e toques em partes íntimas também não consensuais.

A Uber afirma que houve queda de 16% nos números de abuso em relação ao ano anterior. Porém, os dados podem estar subnotificados — a empresa somente leva em conta os casos relatados à companhia.

Ainda segundo a companhia norte-americana, a maioria das viagens marcadas pelo aplicativo — 99,9% delas — transcorreram sem problemas relacionados a segurança.

"Alguns vão gostar do tanto que fizemos para melhorar a segurança, e outros vão dizer que há mais trabalho a se fazer. Ambos estão certos", disse o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi.

Pressão sobre a Uber

O relatório foi divulgado em meio às pressões exercidas contra a empresa de motoristas particulares por problemas de segurança. Mais recentemente, a autoridade de trânsito de Londres, no Reino Unido, anunciou que não vai renovar a licença para a Uber atuar na capital britânica.

O Uber disse que vai recorrer da decisão. A empresa pode continuar a atuar enquanto o recurso estiver tramitando.

A agência pública Transporte para Londres citou “diversas violações que colocam os passageiros e sua segurança em risco” em uma decisão de não estender a licença do Uber.

O órgão cita que apesar de ter atendido alguns dos problemas, não “há confiança que questões parecidas não vão ocorrer o futuro”.


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